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Maior superlua de 2019: entenda o fenômeno astronômico que ocorre nesta terça

Posição do satélite em relação à Terra faz ele aparecer maior e mais brilhante no céu.

18 fev 2019 - 20h00
(atualizado em 19/2/2019 às 10h43)
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Posição do satélite em relação à Terra faz ele aparecer maior e mais brilhante no céu
Posição do satélite em relação à Terra faz ele aparecer maior e mais brilhante no céu
Foto: AFP / BBC News Brasil

Nesta terça-feira, a Lua aparecerá no céu maior e mais iluminada do que o de costume.

Este fenômeno é chamado de "superlua" e ocorre quando a Lua está cheia e no perigeu, o ponto mais próximo da Terra.

O satélite atingirá essa posição às 6h07 no horário de Brasília, mas a Lua só estará completamente cheia a partir das 12h53.

No entanto, só será possível avistar realmente a Lua no Brasil com o pôr do sol, às 19h02. Este período do "nascer da lua" será o melhor do dia para observar a superlua por causa de uma ilusão de ótica.

Neste momento, o satélite parece estar maior por ficar perto do horizonte. Nosso cérebro o percebe desta forma porque há objetos próximos, como edifícios e árvores, com os quais é possível comparar seu tamanho.

O termo 'superlua' se popularizou como referência a quando o satélite está em sua fase cheia no ponto mais próximo da Terra
O termo 'superlua' se popularizou como referência a quando o satélite está em sua fase cheia no ponto mais próximo da Terra
Foto: NASA / BBC News Brasil

Esta será a segunda vez que o fenômeno ocorre neste ano, sendo a maior delas - a primeira ocorreu em 21 de janeiro. E não será a última.

No mês passado, o evento foi chamado de "superlua de sangue", por conta do tom avermelhado que a Lua adquiriu com a ocorrência simultânea de um eclipse total enquanto o satélite estava no ponto mais próximo da Terra. É um fenômeno muito mais raro do que uma superlua "comum".

A próxima e última superlua de 2019 está prevista para 21 de março.

O que é uma superlua?

"Superlua" não é um termo oficial da astronomia, que se refere a este fenômeno como "lua cheia perigeana".

O nome "superlua" foi criado em 1979 pelo astrólogo americano Richard Noole para designar "uma Lua nova ou cheia que ocorre quando a Lua chega ou está próxima (pelo menos 90%) de sua maior proximidade da Terra".

No entanto, o termo se popularizou como uma referência a quando a Lua está cheia nesta posição.

Conforme explica a Nasa, isso ocorre porque o satélite orbita a Terra em uma trajetória elíptica a cada 27,3 dias. Assim, ela se aproxima e se afasta do nosso planeta conforme percorre esse caminho.

O ponto mais longe de nós nesta elipse - a 405.500 quilômetros da Terra em média - é chamado de apogeu. Em contrapartida, ela atinge o perigeu quando chega a 363.300 quilômetros de distância em média.

Mas é importante notar que órbita da Lua muda com o tempo, afirma a Nasa, por conta de influência gravitacional do Sol e de outros planetas. Com isso, mudam também seu apogeu e perigeu. No caso desta superlua, seu perigeu será a 356.760 quilômetros de distância.

Quando uma Lua está cheia e no perigeu, ela aparece 7% maior, por sua proximidade da Terra, e 15% mais brilhante - porque reflete mais luz do Sol para a Terra - do que uma lua cheia normal. E pode ficar até 14% maior e 30% mais brilhante do uma "microlua", como é chamada uma lua cheia no apogeu.

No entanto, a diferença de tamanho e iluminação na superfície da Terra será "imperceptível a olho nu", segundo a Nasa.

Um efeito mais simples de ser notado será aquele sobre as marés, diz a agência americana, que serão intensificadas pela maior força gravitacional que a Lua exercerá sobre os oceanos.

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