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'Mais completo dinossauro' é identificado no Reino Unido depois de 10 anos de pesquisa; saiba qual é

Fóssil foi encontrado em 2013 por paleontólogo que faleceu antes da conclusão do estudo. Pesquisadores localizaram 149 ossos da nova espécie

10 jul 2024 - 14h13
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Mais de dez anos depois do início da investigação, um estudo revelou uma nova espécie de dinossauro que viveu há 125 milhões de anos. Com 149 ossos encontrados, esse é um dos mais completos fósseis já encontrados no Reino Unido.

"A descrição do animal é o resultado de anos de trabalho. Quase 150 ossos foram desenterrados, tornando-o, ao que tudo indica, o dinossauro mais completo encontrado no Reino Unido nos últimos 100 anos", disse Jeremy Lockwood ao Natural Museum History, uma das instituições envolvidas no estudo.

A espécie Comptonatus chasei foi nomeada em homenagem ao paleontólogo Nick Chase, que, em 2013, descobriu os fósseis na Ilha de Wight, a cerca de 140 quilômetros de Londres.

Chase, no entanto, não pôde acompanhar a conclusão do estudo, publicado nesta terça-feira, 9, na revista científica Systematic Palaeontology. Ele morreu em 2019, vítima de um câncer.

O animal foi identificado como herbívoro - a classificação das espécies que se alimentam de algas e plantas - e faz parte do grupo Iguanodonte. Dinossauros desse mesmo grupo já foram localizados no Brasil, onde hoje fica o Estado da Paraíba.

O Comptonatus chasei pesava aproximadamente uma tonelada (peso similar a algumas espécies de hipopótamos) e os pesquisadores acreditam que ele tinha cerca de 6 anos na data de sua morte. Os ossos teriam sido enterrados sob plantas, rochas e outros detritos, o que contribuiu para sua preservação ao longo dos anos.

"Descobertas recentes sugerem que temos negligenciado o fato de que os Iguanodontes eram relativamente diversos. Não está claro se isso ocorre porque eles evoluíram mais rápido do que se pensava, ou se muitas espécies conviveram lado a lado. Esta é a próxima grande questão que precisamos tentar responder para entender esses dinossauros", disse Lockwood.

Estadão
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