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Monalisa | Análise mostra que da Vinci usava técnicas bem à frente de seu tempo

Em mais uma amostra do pioneirismo e genialidade de Leonardo da Vinci, análise de suas pinturas revelou técnica que só seria difundida mais de 100 anos depois

17 out 2023 - 17h16
(atualizado às 20h07)
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Leonardo da Vinci criou muitas obras notáveis e mundialmente conhecidas, mas nenhuma supera a Mona Lisa. O retrato da aristocrata florentina Lisa Gherardini foi produzido há mais de 500 anos, mas segue sendo estudado por químicos e historiadores da arte, e ainda revela segredos sobre seu criador. Desta vez, a novidade consiste em técnicas pioneiras de pintura.

Foto: Leonardo da Vinci/Domínio Público / Canaltech

O achado não é o primeiro sobre a Monalisa a ser feito neste ano — um pesquisador italiano afirma ter descoberto a localização da paisagem de fundo da pintura, indicando onde teria sido produzida (ou, ao menos, onde o esboço foi feito). O lugar seria Laterina, município na província de Arezzo, na Itália, identificado a partir da ponte etrusco-romana Romito, no lado direito da pintura.

Pintor à frente de seu tempo

Uma equipe científica composta por pesquisadores do Reino Unido e da França coletou amostras de mais de uma obra de da Vinci para investigação. Da Monalisa, foi retirado um pequeno pedaço em um canto escondido da tela, e, da Última Ceia, 17 microamostras. Muitas pinturas do início dos anos 1500 usavam painéis de madeira com uma camada grossa de tinta como tela — Monalisa inclusa.

A Última Ceia foi uma das pinturas analisadas para descobrir o pioneirismo de Leonardo da Vinci — ele usou técnicas de pintura que só seria difundidas 100 anos depois (Imagem: Leonardo da Vinci/Domínio Público)
A Última Ceia foi uma das pinturas analisadas para descobrir o pioneirismo de Leonardo da Vinci — ele usou técnicas de pintura que só seria difundidas 100 anos depois (Imagem: Leonardo da Vinci/Domínio Público)
Foto: Canaltech

A maioria tinha gesso como revestimento primário, feito de pigmento branco misturado com cal e cola animal, material que ajuda na fixação da tinta a óleo. As amostras mostraram que da Vinci usava outro tipo de revestimento, no entanto: é a plumbonacrita, composto gerado a partir da reação entre óleo e chumbo.

Isso sugere que o pintor usava um pigmento de chumbo branco e adicionava monóxido de chumbo , técnica que só se popularizou com Rembrandt, nos anos 1600, um século após a morte de da Vinci. Embora saibamos hoje que os efeitos da exposição ao chumbo são maléficos, à época a técnica ajudava a tinta a secar, sendo o bastante para ser apreciada.

Segundo contou um dos autores do estudo à CNN, tudo que vem de Leonardo da Vinci é interessante — além de artista, o polímata florentino também era químico, físico e um experimentador profissional. Ele sempre buscava melhorar técnicas e fazer descobertas novas, estudando até mesmo conceitos como a gravidade como uma força de aceleração muitos anos antes de Isaac Newton conceber suas ideias sobre o fenômeno.

Fonte: Journal of the American Chemical Society, ACS com informações de CNN

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