Mulher recordista em tempo no espaço volta à Terra
Astronauta americana Christina Koch permaneceu a bordo da Estação Espacial Internacional por 328 dias; nesse período, ela participou de várias pesquisas, entre elas um estudo da força vertebral no espaço
A astronauta americana Christina Koch voltou à Terra nesta quinta-feira, 6, depois de passar quase um ano a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), o que significa o recorde feminino de permanência no espaço.
A cápsula Soyuz com Christina Koch, da Nasa, e seus colegas a bordo (o astronauta italiano Luca Parmitano, da Agência Espacial Europeia, e o cosmonauta russo Alexander Skvortsov) pousou nesta quinta-feira no Casaquistão após um voo de três horas e meia.
"Estou emocionada e feliz", disse Christina, sorridente, depois de ser retirada da cápsula. Parmitano fez um gesto com a mão para mostrar que estava bem, enquanto Skvortsov comeu uma maçã logo depois da aterrissagem.
Christina Koch, de 41 anos, permaneceu a bordo da ISS por 328 dias, um novo recorde, superando a marca anterior da também americana Peggy Whitson.
Em 28 de dezembro de 2019, ela completou 289 dias no espaço, enquanto a marca de sua compatriota era de 288 dias.
Christina, que é engenheira, já havia entrado para a história com a primeira caminhada espacial 100% feminina, em outubro, ao lado da Jessica Meir, uma bióloga marinha.
Em entrevista na terça-feira, dois dias antes do retorno à Terra, Christina Koch contou que aquilo de que mais sentirá falta é da "microgravidade". "É muito divertido estar em um lugar onde você pode pular do chão ao teto quando deseja."
Apesar de ter superado o recorde, Christina afirmou que Peggy Whitson, de 59 anos, e com três missões espaciais no currículo, continua sendo sua "heroína" e "mentora". Ela sonha em "inspirar a futura geração de exploradores".
Nos 328 dias que permaneceu no espaço, Christina participou de várias pesquisas, entre elas um estudo da força vertebral no espaço, que busca definir o impacto que os voos espaciais têm na degradação muscular e óssea da espinha dorsal e o risco de ruptura dos ossos.
A Nasa, que hoje tem 48 astronautas - dos quais 16 são mulheres - e pretende levar um homem e uma mulher à Lua em 2024. / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS