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Que medo! 6 animais assassinos que você talvez não conheça

1 jan 2016 - 14h20
(atualizado às 15h11)
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São famosos os casos de ataques de tubarões, grandes felinos, jacarés e crocodilos contra humanos. Já foram relatados também casos de ataques de hipopótamos e elefantes enfurecidos, que saem destruindo tudo que encontram em seu caminho. Mas existem outros assassinos no mundo animal que são bem menos conhecidos. Veja abaixo seis deles.

1. Tênia

As tênias são estudadas desde a época de Aristóteles
As tênias são estudadas desde a época de Aristóteles
Foto: BBC News Brasil

As tênias causam uma doença intestinal chamada teníase, transmitida pelo ovo das larvas. O mal é contraído pela ingestão de alimentos como carne de porco ou bovina contaminadas e que não foram bem cozidas. A transmissão pode ocorrer também pelo contato com fezes ou água contaminados.

Os problemas de saúde causados pela tênia transmitida pela carne bovina não são tão graves. Mas a tênia presente na carne de porco pode causar graves dores de cabeça, cegueira e até a morte.

Estima-se que as doenças causadas pela tênia ingerida na carne de porco matem cerca de 1,2 mil pessoas por ano, a maioria na Ásia, África Subsaariana e América Latina.

Se os ovos das larvas se desenvolvem no sistema nervoso central, também podem causar uma forma de epilepsia.

2. Lombriga intestinal

Os casos graves de ascaridíase podem causar bloqueio intestinal ou afetar o crescimento das crianças
Os casos graves de ascaridíase podem causar bloqueio intestinal ou afetar o crescimento das crianças
Foto: BBC News Brasil

Acredita-se que cerca de 1 bilhão de pessoas estejam infectadas com esse parasita que causa ascaridíase, uma doença presente no mundo todo. Esse verme vive nos intestinos e espalha seus ovos por meio de fezes infectadas. A ascaridíase é causada pela ingestão desses ovos.

Isso pode ocorrer quando a pessoa leva à boca dedos ou mãos contaminadas ou consome frutas e verduras que não foram cozidos ou lavados ou não tiveram as cascas retiradas cuidadosamente.

O verme adulto tem tamanho que pode variar entre 15 e 35 centímetros. Pessoas afetadas por esta lombriga (do gênero Ascaris) não apresentam sintomas, mas as infecções mais graves podem causar bloqueio intestinal e afetar o crescimento de crianças.

Apesar de a ascaridíase ser tratável, os casos graves causam aproximadamente 60 mil mortes por ano, geralmente entre crianças, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

3. Caramujo de água doce

As pessoas podem entrar em contato com estes caramujos nadando em rios ou lagos
As pessoas podem entrar em contato com estes caramujos nadando em rios ou lagos
Foto: BBC News Brasil

Neste caso, os assassinos não são os caramujos, mas sim os parasitas que ele carrega. O contato com os caramujos de água doce pode causar a esquistossomose. É a segunda doença parasitária mais devastadora em países tropicais, ficando atrás apenas da malária.

A África é um dos continentes mais atingidos pelo problema. De acordo com a OMS pelo menos 20 mil pessoas morrem devido à esquistossomose todo ano em todo o mundo.

Mas a Usaid, a agência de cooperação internacional dos Estados Unidos, calcula que o número é muito maior: mais de 200 mil mortes por ano.

4. Barbeiro

A doença de Chagas é endêmica na América
A doença de Chagas é endêmica na América
Foto: BBC News Brasil

O barbeiro (Triatoma infestans) é o inseto que transmite a doença de Chagas. É um inseto hematófago e é encontrado apenas nas Américas.

Ao picar a pessoa para sugar o sangue, o intestino do barbeiro se incha e obriga o inseto a defecar, depositando parasitas na pele da vítima. Quando a pessoa se coça o parasita, o Trypanosoma cruzi, penetra na pele.

A OMS calcula que existam em todo o mundo entre 6 e 7 milhões de pessoas infectadas pelo parasita causador da doença de Chagas, a maioria delas na América Latina.

5. Mosca tsé-tsé

A mosca tsé-tsé pode ser encontrada em áreas rurais da África
A mosca tsé-tsé pode ser encontrada em áreas rurais da África
Foto: BBC News Brasil

A mosca tsé-tsé transmite o tripanossoma causador da doença do sono. Esta doença afeta, na maioria dos casos, pessoas pobres em áreas rurais e remotas da África e, se não for tratada, pode matar. No entanto, muitos dos casos não são registrados.

Um século de esforços concentrados para controlar a doença conseguiu diminuir seus efeitos destrutivos. No meio da década de 1960 a doença já havia sido quase erradicada. Mas voltou como uma epidemia que durou desde os anos 1970 até a metade da década de 1990.

A OMS estima que 65 milhões de pessoas correm o risco de contrair a doença e 20 mil estão infectadas.

Nas últimas etapas da infecção os parasitas entram no fluxo sanguíneo do cérebro e infectam o sistema nervoso central, causando confusão, falta de coordenação e a perturbação do ciclo do sono, sintoma que acabou dando o nome à doença.

6. Cachorros

A mordida e o contato posterior com a saliva de um cachorro infectado pode causar a raiva se a vítima não for vacinada
A mordida e o contato posterior com a saliva de um cachorro infectado pode causar a raiva se a vítima não for vacinada
Foto: Thinkstock

Segundo a OMS as mordidas de cachorros causam a maioria das mortes por raiva entre humanos, com dezenas de milhares de casos registrados por ano.

A organização informou que, a cada ano, mais de 15 milhões de pessoas são vacinadas contra a raiva no mundo todo depois de terem sido mordidas por um cachorro, para evitar a doença. A estimativa é que este procedimento evite centenas de milhares de mortes causadas pela raiva. 

A raiva é uma doença viral infecciosa que afeta animais domésticos e selvagens e é transmitida para humanos através de mordidas ou arranhões, geralmente pelo contato com a saliva do animal. Se não for tratada quase sempre é fatal. Mais de 95% das mortes humanas causadas pela raiva ocorrem na Ásia e África.

Enquanto que os cachorros são historicamente associados com a transmissão da doença para humanos, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) afirmou que, entre os americanos, pode ser mais provável que as pessoas se contagiem através de gatos já que estes têm mais contato com os animais selvagens que originalmente transmitem a doença.

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