Nasa: sonda Voyager 1 está próxima de deixar o sistema solar
Voyager 1 próxima de sair do sistema solar
3 dez2012 - 23h05
(atualizado em 4/12/2012 às 09h52)
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A sonda americana Voyager 1 já está na zona prévia à saída do sistema solar, para se transformar no primeiro aparelho humano a percorrer o espaço interestelar, informou a Nasa nesta segunda-feira. A Voyager entrou em uma nova região nos confins do sistema solar, na última etapa antes de atingir o espaço intersideral, revelam os instrumentos a bordo da sonda, lançada em 1977 e que já está a 18,5 bilhões de quilômetros do Sol.
A sonda se encontra em uma "estrada" magnética através da qual partículas altamente carregadas de energia que provêm do espaço interestelar entram no sistema solar e partículas com pouca energia escapam do mesmo sistema, explicaram os cientistas a cargo da missão durante entrevista coletiva.
"Acreditamos que se trata da última etapa do périplo da Voyager 1 antes de ingressar no espaço interestelar", disse Edward Stone, responsável do projeto no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltec), em Pasadena.
"Segundo nossas estimativas, a Voyager 1 poderá sair do sistema solar no prazo de dois meses a dois anos", revelou Stone, assinalando que ninguém esperava por isto antes do lançamento da sonda. "Com ela é preciso estar preparado para o inesperado".
As duas sondas Voyager lançadas em 1977, com um mês de intervalo, seguem em bom estado e funcionando. A Voyager 2 está atualmente a 15 bilhões de quilômetros do Sol.
O programa de exploração Voyager tinha por objetivo estudar planetas do sistema solar. As duas sondas passaram por Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, incluindo 48 luas.
Os dados obtidos pelos nove instrumentos a bordo de cada uma das sondas fizeram desta missão a mais bem sucedida da história da exploração do sistema solar. As Voyagers revelaram numerosos detalhes dos anéis de Saturno e permitiram descobrir os anéis de Júpiter. Também transmitiram as primeiras imagens precisas dos anéis de Urano e de Netuno, descobriram 33 novas luas e revelaram atividade vulcânica em Io, além da estranha estrutura de duas luas de Júpiter.
Vênus transita na frente do Sol em 2004, última vez que o fenômeno ocorreu. Na terça-feira, o fenômeno ocorre novamente. Quem perder poderá ver de novo se sobreviver até 2117. Veja a seguir imagens deste e de outros trânsitos no Sistema Solar
Foto: Nasa / Divulgação
Satélite registra a lua Io transitar em frente a Júpiter
Foto: Nasa / Divulgação
Do ponto de visto do satélite Stereo-B, a Lua transita em frente ao Sol. O equipamento está a cerca de 1,6 milhão de km da Terra, o que significa que ele está 4,4 vezes mais longe da Lua do que nós e, portanto, ela parece 4,4 vezes menor. O registro, feito em 2006, só foi possível devido a um desvio feito na órbita de Stereo-B
Foto: Nasa / Divulgação
Da Terra, fotógrafo registra o momento exato em que a Estação Espacial Internacional passa em frente ao Sol. O trânsito é o momento em que um corpo passa em frente ao outro do ponto de vista do observador
Foto: Nasa / Divulgação
Mosaico mostra o fenômeno, mas desta vez é Mercúrio que passa pela frente da nossa estrela
Foto: Nasa / Divulgação
Imagem de 2009 mostra o agora aposentado ônibus espacial Atlantis
Foto: Nasa / Divulgação
O pequeno pontinho escuro na imagem é Mercúrio. Este registro foi feito por um astrônomo no Texas
Foto: Nasa / Divulgação
Mercúrio e Vênus são os únicos planetas que vemos transitar o Sol - afinal, são os únicos que existem entre nós e nossa estrela
Foto: Nasa / Divulgação
Os trânsitos já foram utilizados para medir a distância da Terra ao Sol e o tamanho dos planetas. Hoje, o fenômeno é usado para descobrir exoplanetas (aqueles fora do Sistema Solar) - quando um deles passa em frente à sua estrela, ele causa mudança no brilho desta, e é quando os astrônomos descobrem que há algo lá. A imagem é uma ilustração do evento
Foto: Nasa / Divulgação
Filtro especial é usado para registrar o trânsito de Vênus em frente ao Sol, em Israel, em 2004. Na próxima terça-feira o evento ocorre novamente e quem perder este terá que viver até 2117 para ver de novo. Veja a seguir demais fotos do fenômeno quando ocorreu há oito anos
Foto: Getty Images
Pessoas acompanham o trânsito de Vênus em Nova York
Foto: Getty Images
O intervalo entre um trânsito de Vênus e outro ocorre em períodos curtos ou muito longos
Foto: Getty Images
Contudo, neste ano, no Brasil só poderão acompanhar o evento astronômico moradores do Acre, oeste do Amazonas e Roraima
Foto: Getty Images
Se você for ver o trânsito, lembre-se de nunca olhar diretamente para o Sol
Foto: Getty Images
Existem duas formas mais comuns e seguras de acompanhar o fenômeno: com o uso de filtro astronômico ou projetando a imagem feita por um telescópio em uma superfície branca
Foto: Getty Images
Até mesmo câmeras digitais comuns podem ficar danificadas se o sensor for exposto diretamente ao Sol - além de não registrarem nada
Foto: Getty Images
É possível ver o fenômeno sem telescópio, mas vai ser difícil. O ideal é ter pelo menos um binóculo - sempre com filtro especial
Foto: Getty Images
Este mosaico é feito com imagens do observatório de Greenwich, no Reino Unido
Foto: Getty Images
Os cuidados para ver um trânsito são os mesmos de um eclipse
Foto: Getty Images
O trânsito de Vênus já foi usado para se medir o tamanho desse planeta e a distância média da Terra ao Sol
Foto: Getty Images
Contudo, hoje já existem métodos mais modernos e o evento virou mais uma curiosidade - mas os astrônomos estão de olho, afinal, nunca se sabe se algo novo pode vir do fenômeno
Foto: Getty Images
Astrônomo amador usa o método da projeção
Foto: Getty Images
Um telescópio do Observatório Las Palmas, nas Canárias, fez este registro que é tão preciso que mostra até a atmosfera de Vênus
Foto: D. Kiselman, et al. (Inst. for Solar Physics)/Royal Swedish Academy of Sciences/Nasa / Divulgação
Este registro foi feito pelo astrônomo alemão Stefan Seip
Foto: Stefan Seip/Nasa / Divulgação
Este registro é do satélite Trace, da Nasa. O último trânsito de Vênus antes de 2004 havia ocorrido em 1882. Leia mais
Foto: Nasa / Divulgação
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