Nobel de Física premia estudos que impulsionaram inteligência artificial
Cientistas laureados desenvolveram trabalhos que permitiram o desenvolvimento do aprendizado de máquina, útil tecnologias cotidianas, como reconhecimento facial e a tradução
O Nobel de Física de 2024 foi concedido aos pesquisadores John Hopfield e Geoffrey Hinton, responsáveis por estudos que impulsionaram o aprendizado de máquina, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências na manhã desta terça-feira, 8. Essas pesquisas abriram caminho para o desenvolvimento de tecnologias que usamos no cotidiano, como reconhecimento facial e tradução de um idioma para outro.
No ano passado, três pesquisadores levaram o Prêmio Nobel de Física: os cientistas Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L'Huillier foram laureados pelas pesquisas em metodologias experimentais para a geração de pulsos de luz para o "estudo da dinâmica eletrônica na matéria".
Agostini é pesquisador da Universidade de Ohio (EUA), Krausz atua no Instituto Max Planck, da Alemanha, e Anne L'Huillier na Universidade de Lund, da Suécia - ela é apenas a quinta mulher a ganhar a láurea na categoria de Física.
A Real Academia Sueca de Ciências é responsável pela seleção dos premiados. A academia indica um comitê que avalia o currículo dos indicados e apresenta uma proposta final, que é então votada por um grupo maior de especialistas. Os nomes dos indicados só podem ser revelados após um período de 50 anos.
Dos 224 cientistas que receberam o Nobel de Física, apenas cinco eram mulheres. A mais famosa delas é Marie Curie, que recebeu o prêmio em 1903, por suas pesquisas sobre o polônio. Ela recebeu também um Nobel de Química em 1911.