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ONU destaca importância do Protocolo de Montreal

16 set 2010 - 19h14
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Há exatos 23 anos, representantes de cerca de 200 países firmaram no Canadá o Protocolo de Montreal, cujo objetivo estabelece controles rígidos aplicados às substâncias prejudiciais a camada de ozônio, que protege os seres vivos dos rios solares nocivos.

Nesta quinta-feira, 16 de setembro, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgou relatório assinado por 300 cientistas em menção ao Dia Internacional da Camada de Ozônio. Uma das conclusões do estudo aponta que o chamado "escudo da Terra" deverá recuperar-se da ação de substâncias químicas nocivas até metade deste século, mas sua recuperação nas regiões polares levará mais tempo.

Embora muitos agentes de resfriamento e outros compostos prejudiciais ao ozônio não sejam mais produzidos ou emitidos, a exemplo dos clorofluorcarbonos (CFCs) empregados no passado em geladeiras, latas de spray e outros produtos, alguns de seus substitutos industriais são gases-estufa que contribuem muito mais para o aquecimento global, revela o estudo. Entre eles estão os hidroclorofluorcarbonos (HCFCs) e hidrofluorcarbonos (HFCs).

Antártida

Segundo o relatório produzido pelo Pnuma em parceria com Organização Meteorológica Mundial (OMM), o buraco de ozônio que se forma sobre a Antártida na primavera de cada ano só deve retornar aos valores de referência anteriores a 1980 no final deste século.

Quando o buraco está grande, são relatados altos níveis de raios ultravioleta. No entanto, o rombo atual está menor do que nos últimos dois anos, de acordo com o cientista sênior da OMM, Geir Braathen.

Protocolo de Montreal
O relatório da ONU atribui ao Protocolo de Montreal o fato de a perda de ozônio ter sido suspensa e de o efeito estufa ter sido mitigado. Em razão dos controles rígidos aplicados, o pacto evitou a emissão do equivalente a dez gigatoneladas anuais de dióxido de carbono (CO2) - quantidade cinco vezes maior do que as metas de redução dos gases-estufa para 2008-2012 fixadas pelo Protocolo de Kyoto.

Ainda de acordo com o estudo divulgado nesta quinta-feira, as ações de proteção dos raios ultravioletas estão ajudando a evitar milhões de casos de câncer de pele e catarata. Para o chefe do Pnuma, Achim Steiner, sem os mecanismos de proteção da Convenção de Viena, que estabeleceu o Procoloco de Montreal, os níveis atmosféricos de substâncias nocivas à camada de ozônio poderiam ter aumentado 10 vezes até 2050.

Fonte: EcoDesenvolvimento
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