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Ossos podem carregar sinais de que uma mulher já teve filhos, segundo cientistas

Estudo realizado em primatas conseguiu notar diferenças minerais dos ossos que indicavam gravidez e lactação, mas ainda é preciso testar a hipótese em humanos

4 nov 2022 - 20h31
(atualizado em 5/11/2022 às 11h58)
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Pesquisadores investigam os efeitos do parto no corpo de primatas, que ficam com modificações permanentes em seus ossos após dar à luz os filhotes. O fenômeno foi notado em estudos com animais do gênero Macaca, onde as fêmeas apresentam concentrações mais baixas de cálcio, fósforo e magnésio nos ossos comparadas às que nunca tiveram filhotes.

Embora o estudo não tenha investigado humanos, sabemos que os nossos ossos também são dinâmicos: ao longo da vida, eles vão ficando mais largos, mudando de acordo com impactos ambientais, como o estilo de vida. A densidade óssea vai se perdendo com o tempo, especialmente após a menopausa, mas também com a influência da dieta, doenças, clima e gravidez.

Foto: liufuyu/envato / Canaltech

Gravidez humana e os ossos

Na gravidez humana, há evidências de que o corpo da mãe acaba puxando cálcio dos ossos quando ela não consome o suficiente do nutriente, perdendo massa, formato e densidade do esqueleto por um determinado período. Durante a lactação, os ossos passam por uma reabsorção para que o corpo consiga fazer leite rico em cálcio o suficiente para o bebê. No final do processo, os minerais perdidos são repostos, mas é possível que os cientistas ainda consigam notar o lapso momentâneo.

Nas ciências forense e arqueológica, utilizar ossos para detectar se alguém teve filhos é controverso. Sinais na pelve não são considerados confiáveis, e ainda há muito debate em torno dessa possibilidade. A composição dos ossos parece ser, no momento, um caminho melhor: mesmo antes do fim da fertilidade, parece que o esqueleto responde dinamicamente a mudanças no status reprodutivo.

Evidências nos macacos

A pesquisa foi realizada, especificamente, em 7 macacos-rhesus (Macaca mulatta), 4 deles fêmeas, nas quais foi possível notar mudanças no fêmur que só podiam ser explicadas pela ocorrência de gravidez e lactação. Comparando com os ossos de machos e de fêmeas que não tiveram filhotes, a composição óssea era bem diferente, com menos cálcio, fósforo e magnésio, como descrito acima.

Embora coincida com a suspeita de reabsorção dos ossos e de minerais durante a gravidez, a hipótese ainda terá de ser testada em estudos posteriores para cravar a certeza. Segundo os cientistas, a detecção de partos a partir de tecidos mineralizados ainda é uma área pouco explorada da ciência, e pode, no futuro, ter grande impacto em estudos evolucionários, arqueológicos e de conservação.

Fonte: PLOS One

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