Ozônio supera partículas em suspensão como principal contaminante na China
O ozônio se tornou em agosto na principal substância contaminante na atmosfera das cidades chinesas, superando pela primeira vez as partículas em suspensão (PM 2,5), destacou nesta quarta-feira um relatório publicado mensalmente pelo Ministério de Proteção Meio Ambiental.
Essa molécula de oxigênio, protetora contra os nocivos raios solares ultravioleta mas que ao mesmo tempo pode ser prejudicial para o ser humano em altas concentrações, foi o principal contaminante em 74 cidades chinesas estudadas no mês passado, ressaltou o documento ministerial.
Sete das 10 cidades mais poluídas da China no oitavo mês do ano estão na província de Hebei, que rodeia a Pequim.
O ozônio é mais difícil de detectar que as partículas em suspensão (um dos principais componentes do "smog" que afeta grandes cidades como Pequim), e pode causar problemas os sistemas respiratório e imunológico, além de afetar os cultivos.
No mês de agosto, Pequim, que é habitualmente uma das cidades mais poluídas do país, desfrutou de incomuns céus azuis e ar mais puro, graças em parte às medidas tomadas para o Mundial de Atletismo (22-30 de agosto) e o desfile militar em Praça da Paz Celestial (3 de setembro).
Essas medidas incluíram restringir em 50% o número de veículos em circulação e o fechamento de fábricas poluentes, o que não evitou que Pequim registrasse 14 dias com poluição e duas delas com níveis "graves", segundo o relatório.