Pequim proíbe queima de roupas de parentes mortos para combater a poluição
As autoridades chinesas proibiram que a população incinere as roupas dos mortos em Pequim, como parte dos esforço para garantir um céu menos poluído durante a reunião do Fórum de Cooperação Ásia Pacífico (APEC), informa a imprensa estatal.
Antes da chegada de Barack Obama, Vladimir Putin e outros 20 chefes de Estado e de Governo para o encontro de 8 a 10 de novembro, a capital chinesa adotou medidas contra a poluição, um verdadeiro problema na megalópole.
Os funcionários públicos terão um recesso de seis dias, as escolas devem ficar fechadas e muitas fábricas devem interromper as atividades. Além disso, desde segunda-feira o tráfego está restrito.
Entre as medidas, a mais surpreendente foi adotada pelo grande cemitério da capital, Babaoshan.
"As incinerações de roupas das pessoas falecidas serão suspensas entre 1 e 15 de novembro por ocasião da APEC", anunciou o cemitério, uma notícia reproduzida pelo jornal Notícias de Pequim.
Incinerar as roupas de um parente morto é um ritual comum na China - para assegurar que o falecido possa seguir vestido para o além -, assim como queimar mais tarde cédulas ou moedas fictícias.
A capital da China registrou em outubro vários níveis perigosos de poluição atmosférica. A maratona de Pequim foi disputada em condições sufocantes, com milhares de participantes correndo com máscaras.