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Braço biônico desenvolve sensação de tato a amputados

Bracelete transmite estímulos captados por sensores a nervos

10 out 2014 - 16h09
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Igor Spetic perdeu a mão em um acidente há quatro anos e recebeu a prótese biônica
Foto: Divulgação

Avanços em tecnologias para a construção de membros artificiais devolveram a sensação de tato a dois pacientes por mais de um ano, dizem cientistas americanos.

Agora, os dois homens são capazes de fazer operações manuais complexas, como remover hastes de cerejas.

Sensores na mão artificial enviam sinais diretamente aos nervos.

O estudo, feito por cientistas da Case Western Reserve University, em Cleveland, foi publicado na revista científica Science Translational Medicine.

'Tarefas delicadas'

Um dos beneficiados pelo trabalho da equipe americana foi Igor Spetic, que perdeu sua mão direita em um acidente há quatro anos.

Ele recebeu uma prótese biônica, mas não conseguia sentir o mundo à sua volta. Tinha de observar atentamente tudo o que fazia e avaliar, por meio da visão, se estava aplicando o grau adequado de força - por exemplo, quando segurava um objeto.

A equipe americana embutiu sensores na mão biônica. Depois, um bracelete foi implantado cirurgicamente em torno dos nervos que ainda restavam no local da amputação. O objetivo do bracelete, com espessura de 7mm, era transmitir estímulos eletrônicos emitidos pela mão aos nervos no braço de Igor.

Pontos específicos no bracelete estimulam nervos usados anteriormente para transmitir vários tipos de sensações. Depois de fazer um mapeamento relacionando cada nervo ao tipo de sensação que ele transmitia, o paciente foi capaz de distinguir sensações em 19 pontos diferentes da mão biônica - da palma até a ponta do polegar.

O mesmo procedimento foi feito para conectar os sensores na mão artificial a eletrodos no bracelete e estes, por sua vez, aos nervos responsáveis por transmitir sensações de pressão e textura.

Com os olhos vendados, Igor é capaz de distinguir materiais diferentes que toca com a mão, como uma lixa ou um pedaço de velcro.

Ele vem usando a mão biônica há dois anos e meio. Um outro paciente já utiliza a tecnologia há um ano e meio.

Falando à BBC, o chefe do estudo, Dustin Tyler, disse: "Hoje, ele é capaz de realizar tarefas muito delicadas".

"Nós acreditamos que, dentro de cinco a dez anos, teremos um sistema completo em funcionamento: a pessoa chega pela manhã, fazemos o procedimento para implantar eletrodos em cada nervo e (a pessoa receberá) um aparelho de bolso. Quando ele for ligado, a pessoa poderá sentir as mãos".

Igor disse: "Eu adoraria sentir a mão da minha esposa. Poder ficar de mãos dadas seria o máximo".

Nos dois pacientes, a mão biônica ofereceu o benefício adicional de eliminar "dor do membro fantasma" - fenômeno no qual o paciente sente dor no membro que perdeu.

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