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Cientista teria descoberto nova espécie de carrapato no próprio nariz

5 out 2013 - 17h40
(atualizado às 17h42)
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Cientista acredita que carrapato estava em seu nariz havia vários dias
Cientista acredita que carrapato estava em seu nariz havia vários dias
Foto: Reprodução

O epidemiologista veterinário Tony Goldberg, da Universidade do Wisconsin (EUA), sentiu uma coceira aflitiva em seu nariz. O cientista havia retornado de uma viagem ao Parque Nacional Kibale, em Uganda, onde havia passado algumas semanas estudando chimpanzés. Goldberg se deu conta que poderia ter trazido um parasita da selva e, com o equipamento necessário - uma pinça, uma lanterna e um espelho -, ele confirmou a presença de um carrapato na narina.  Não apenas isso - o veterinário acredita que possa ter descoberto uma espécie inteiramente até então desconhecida. As informações são do site da revista especializada Science.

Goldberg afirma que o animal é um carrapato adolescente e, pelo visto, estava em seu nariz havia vários dias. Ele diz que não é a primeira vez que acha um carrapato do tipo - e certamente não vai ser a última. Segundo o pesquisador, a experiência "não é prazerosa, mas também não é tão ruim quando você deve imaginar".

Dessa vez, contudo, a situação foi diferente, já que o carrapato estava em seu laboratório. "Eu estava em posição de preservá-lo para uma análise de DNA. Eu tive sorte porque o momento foi certo."

Tudo o que Goldberg sabe até agora é que o animal pertence ao gênero Amblyomma. Espécies desse grupo são conhecidas por transmitir doenças a mamíferos - de vacas a seres humanos. "Sua sequência genética não bate com nada nos bancos de dados que conhecemos. Então pode ser uma espécie de carrapato conhecida que não foi caracterizada geneticamente ainda, ou uma espécie completamente nova", afirma o pesquisador em artigo no American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, publicado no dia 30 de setembro.

O carrapato de narina é um animal pouco conhecido da ciência, inclusive quais espécies eles infestam e quais doenças carregam. Goldberg especula que eles podem ter se adaptado para viver no nariz de chimpanzés, já que os animais conseguiriam retirá-los de outros locais do corpo.

A remoção do carrapato ocorreu há um ano e meio e, nesse período, o cientista não apresentou sintomas de nenhuma doença. 

Fonte: Terra
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