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Cientistas analisam neutrinos para desvendar sentido da vida

Partículas podem dar aos pesquisadores pistas sobre a misteriosa matéria escura do espaço e outros fenômenos astrofísicos pouco conhecidos

15 out 2014 - 15h55
(atualizado às 16h00)
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<p>A Nova é composta por dois detectores enormes capazes de estudar uma das partículas subatômicas da natureza mais difíceis de serem compreendidas</p>
A Nova é composta por dois detectores enormes capazes de estudar uma das partículas subatômicas da natureza mais difíceis de serem compreendidas
Foto: Fermi National Accelerator Laboratory

O maior experimento já feito com neutrinos, partículas sem carga elétrica e que interagem com outras partículas por meio de interação gravitacional, pode ser a chave para a compreensão do universo, segundo o Daily Mail. Eles podem dar aos pesquisadores pistas sobre a misteriosa matéria escura do espaço e outros fenômenos astrofísicos pouco conhecidos pelos estudiosos.

Uma máquina chamada Nova e constituída por dois enormes detectores, posicionados a 800 quilômetros de distância, um em Batavia, perto de Chicago, e outro em Ash River, Minnesota, pretende estudar essas esquivas partículas subatômicas da natureza. 

Os cientistas acreditam que uma melhor compreensão dessas partículas, abundantes e de difícil estudo, pode levar a um quadro mais claro do funcionamento do universo. Usando o feixe de neutrinos mais poderoso do mundo, gerado no Fermi National Accelerator Laboratory, perto de Chicago, a máquina pode gravar os vestígios de neutrinos de forma precisa. 

Leves e pequeninos, os neutrinos estão por toda parte. Cerca de 100 trilhões deles passam por nós a cada segundo, sem nos causar nenhum dano. Criados pelo Big Bang, eles dificilmente são detectados pelos cientistas pelo fato de se moverem rapidamente. 

"Das partículas conhecidas, os neutrinos são as mais excêntricas ", disse Steven Ritz, da Universidade da Califórnia. Há três tipos de neutrinos: eles podem mudar de um tipo para outro, mas os cientistas não sabem muito bem o porquê. 

Um dos detectores, instalado no subsolo do laboratório, observa os neutrinos ao passo em que eles embarcam em sua jornada através da Terra a quase à velocidade da luz. O outro detecta esses neutrinos e permite que os cientistas analisem como eles mudam ao longo da sua viagem.

O Fermi National Accelerator Laboratory planeja enviar dezenas de milhares de milhões de neutrinos por segundo em um feixe destinado aos detectores. Assim, os cientistas esperam aprender mais sobre a forma como eles mudam de um tipo para o outro.

Os dois detectores são construídos a partir de PVC e compostos por um líquido cintilante que emite luz quando um neutrino interage com ele. Cabos de fibra óptica transmitem essa luz a um computador, que cria imagens 3D dessas interações para que os cientistas possam analisá-las.

Fonte: Terra
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