Cientistas descobrem ferramenta de 3,3 milhões de anos
Arqueólogos no Quênia acabam de encontrar um instrumento de pedra rudimentar que pode ser o mais antigo do mundo (até agora descoberto), com 3,3 milhões de anos. A descoberta seria usada por primatas para cortar e bater. As informações são do LA Times.
A grande questão em torno do achado é que o instrumento é cerca de 700 mil anos mais antigo que outras encontradas por arqueólogos – ou, seja, talvez a descoberta traga uma “reviravolta” na ideia defendida até agora sobre a evolução dos humanos e da tecnologia. Tradicionalmente, os cientistas acreditam que as ferramentas apareceram há 2,6 milhões de anos, juntamente da linhagem de Homo, que teria dado origem ao homem atual. Mas, o instrumento mais antigo achado no Quênia sugere, assim, que a história pode ter funcionado de maneira diferente, com as capacidades conquistadas anteriormente ao defendido.
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“Não podemos associar nossos genes a essas criaturas ligadas ao instrumento encontrado. Muitos defendem que o Homo foi o único que utilizou ferramentas, mas agora essa posição é difícil de ser defendida”, afirmou o arqueólogo da Universidade Hebraica de Jerusalém, Erella Hovers.
Os cientistas responsáveis pelo estudo Jason Lewis e Sonia Harmand, da Universidade de Stony Brook, estão explorando a região do Lago Turkana, no Quênia, há 20 anos, local onde já foram achados fósseis com mais de 2,3 milhões de anos.
A nova descoberta, uma ferramenta maior e mais pesada que as produzidas depois, confirma a suspeita de que arqueólogos tinham sobre os artefatos, porque aqueles de 2,6 milhões de anos pareciam serem trabalhados por ancestrais experientes, que “sabiam o que estavam fazendo”.