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Cientistas encontram evidência mais forte sobre bóson de Higgs

2 jul 2012 - 12h03
(atualizado às 16h10)
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Físicos do Laboratório Nacional Acelerador Fermi, vinculado ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, anunciaram nesta segunda-feira que encontraram a mais forte evidência até agora da existência de um corpo subatômico conhecido como "partícula de Deus", ou bóson de Higgs.

Vista aérea da fronteira da Suíça com a França, indicando a rota do LHC
Vista aérea da fronteira da Suíça com a França, indicando a rota do LHC
Foto: Cern / Divulgação

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A evidência surgiu com subprodutos da colisão de partículas no acelerador chamado de Tevatron, disseram os cientistas. A pista, porém, ainda precisa de provas que a comprovem. Os resultados do Tevatron indicam que a partícula de Higgs, se é que existe, tem uma massa entre 115 e 135 gigaeletronvolts (GeV/c2), em torno de 130 vezes a massa do próton.

As experiências com o acelerador de partículas mais potente, o LHC, do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), na fronteira entre a França e a Suíça, apresentaram em dezembro de 2011 "provocadores indícios" de que a elusiva partícula estava escondida em uma estreita faixa de massa.

O LHC do CERN, maior acelerador de partículas do mundo, mostrou uma possível faixa do bóson de Higgs entre 115 e 127 gigaeletronvolts (GeV).

O GeV é a medida padrão para a massa das partículas subatômicas. Um GeV é equivalente à massa aproximada de um próton.

Uma vez que os mesmos subprodutos da colisão que indicam a existência da partícula também podem vir de outras partículas subatômicas, os físicos só poderão excluir outras explicações se tiverem confiança de 550 para 1, ou seja, de que há menos de 0,2 por cento de chance de que os escombros da colisão não são do bóson de Higgs. Por convenção internacional, as probabilidades precisam ser mais próximas a 0,14 por cento.

"Desenvolvemos sofisticados programas de simulação e análise para identificar padrões similares ao bóson de Higgs. Ainda assim, é mais fácil buscar o rosto de um amigo em um estádio esportivo com 100 mil pessoas do que buscar uma eventual partícula de Higgs entre as bilhões de colisões", afirma Luciano Ristori, físico do Fermilab e do Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN) italiano.

Na próxima quarta-feira, físicos do Cern, o laboratório acelerador de partículas localizado na fronteira entre Suíça e França, devem anunciar seus próprios achados sobre a pesquisa da partícula. Se os físicos conseguirem confirmar a existência do bóson de Higgs, a última peça que falta no modelo padrão da física, o anúncio se tornará um dos avanços científicos mais importantes do século. "Nossas informações apontam fortemente para a existência do bóson de Higgs, mas precisamos dos resultados dos experimentos do Grande Colisor de Hádrons (LHC ou acelerador de partículas) na Europa para confirmar uma descoberta", declarou Rob Roser, porta-voz do laboratório nacional americano Fermilab (Fermi National Accelerator Laboratory), no estado americano de Illinois.

Com informações das agências Reuters e AFP

Fonte: Terra
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