Estudo mostra que humanos também provocam terremotos
Fenômenos seriam causados por procedimento adotado para extrair combustíveis fósseis
Um relatório feito nos Estados Unidos sobre áreas suscetíveis a terremotos confirmou uma suspeita conservada por sismólogos nos últimos anos: os estados localizados no centro do país têm mais chances de registrar tremores do que as cidades conhecidas por serem propensas a esse tipo de atividade sísmica na Costa Oeste americana e a culpa é da atividade humana. As informações são do IFL Science.
É a primeira vez que o Serviço Geológico dos Estados Unidos tenta estimar a escala de movimentos terrestres gerados pela ação do homem. Contudo, aponta o estudo, ela provocou, até o momento, poucos e pequenos danos, incapazes de serem detectados sem equipamentos sensíveis. Mas ninguém descarta a possibilidade de enfrentarmos terremotos induzidos pelo homem de até magnitude 7.
Siga o Terra Notícias no Twitter
A injeção de água e outros produtos químicos para quebrar rochas e extrair combustíveis fósseis pode provocar falhas, mas de acordo com o Serviço Geológico dos EUA, essa atividade de injetar líquido sob alta pressão para forçar a a abertura de fissuras existentes e extrair petróleo ou gás não é em si a causa dos tremotes, mas sim a eliminação de águas residuais sobre as rochas mais profundas.
Foi registrado em 2011, na cidade de Prague, em Oklahoma - situada no coração de uma das zonas que mais sofrem com esse tipo de atividade - um terremoto de magnitude 5.6 na Escala Richter. Na ocasião, duas pessoas ficaram feridas e 14 casas foram destruídas. As causas do fenômeno ainda são discutidas na Justiça, mas um jornal especializado em geologia atribuiu a culpa da ocorrência do terremoto à injeção de líquido. O governo, contudo, se recusou a limitar a atividade.
O novo relatório, contudo, descreve pela primeira vez "como terremotos induzidos por injeção podem ser incorporados em mapas de risco sísmico nos Estados Unidos", segundo o geólogo Mark Petersen. "Esses terremotos estão ocorrendo com uma frequência nunca vista até então e representam um risco muito maior para as pessoas que vivem nas proximidades."