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Estudo pode ter descoberto como o cérebro envelhece

12 set 2012 - 03h01
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Os cientistas conhecem bem o processo de envelhecimento da maioria das células - conhecido como "senescência celular". Contudo, naquelas células que não se dividem (como neurônios), pouco se sabe sobre como ocorre esse envelhecimento. Um novo estudo da Universidade de Newcastle indica que o processo é, na verdade, basicamente o mesmo.

Charlotte Ponce tem a face marcada pelos cirurgiões antes de primeira operação nos Estados Unidos. A menina de 10 anos que foi desfigurada pelo ataque de um guaxinim quando tinha apenas 3 meses de vida passou por uma cirurgia para reconstruir sua face no hospital Beaumont, em Royal Oak
Charlotte Ponce tem a face marcada pelos cirurgiões antes de primeira operação nos Estados Unidos. A menina de 10 anos que foi desfigurada pelo ataque de um guaxinim quando tinha apenas 3 meses de vida passou por uma cirurgia para reconstruir sua face no hospital Beaumont, em Royal Oak
Foto: AP

Quando somos jovens, uma célula se divide dezenas de vezes até o processo começar a ficar mais lento e finalmente parar. Conforme envelhecemos, esse número de divisões fica cada vez menor. Ao estudar os neurônios de ratos, os cientistas descobriram que, apesar de não se clonarem, eles seguem regras da senescência de fibroblastos, células que reparam machucados na pele. O DNA costuma reprogramar os fibroblastos para produzir e secretar uma série de substâncias perigosas, inclusive radicais livres e moléculas pró-inflamatórias. O processo transforma a célula na "maçã podre do cesto", que pode danificar aquelas ao seu redor.

"Nós temos que descobrir se os mesmos mecanismos detectados em cérebros de ratos são também associados ao envelhecimento do cérebro e perda cognitiva em humanos. Nós podemos ter encontrado um atalho para entender como o cérebro envelhece", diz Thomas von Zglinicki, líder do estudo.

Os pesquisadores acreditam que o estudo pode ajudar a entender melhor condições como demência, doença neuromotora e até perda da audição por envelhecimento. "Nós queremos continuar a olhar pelos caminhos do cérebro agora que esse estudo nos provê com um novo conceito de como um dano pode se espalhar, a partir da primeira área danificada, para todo o cérebro."

Fonte: Terra
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