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Molécula protege o cérebro dos efeitos do álcool, diz estudo

Substância, que também é encontrada no chocolate, é liberada do intestino e viaja até o cérebro

31 jul 2015 - 16h32
(atualizado às 17h43)
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Pesquisadores conseguiram reduzir a neuroinflamação e os efeitos tóxicos que a ingestão de álcool produz no cérebro
Pesquisadores conseguiram reduzir a neuroinflamação e os efeitos tóxicos que a ingestão de álcool produz no cérebro
Foto: iStock

Uma equipe de cientistas identificou uma molécula capaz de prevenir os efeitos que o consumo abusivo e intenso de álcool tem no cérebro.

A molécula OEA (oleoletanolamina) foi testada em ratos e os pesquisadores conseguiram reduzir a neuroinflamação e os efeitos tóxicos que a ingestão de álcool produz no cérebro.

A responsável pelo trabalho, Laura Orio, da Universidade Complutense de Madri, explicou à Agência Efe que os níveis elevados de álcool no sangue gerados pela ingestão intensa provocam um impacto negativo no cérebro, já que nele se dá uma resposta imune e inflamatória descontrolada e afeta, entre outras áreas, à crosta cerebral.

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A molécula usada nesta pesquisa foi descoberta em 2001 por outra equipe de pesquisadores espanhóis, que a encontrou no chocolate preto e no corpo humano, onde é gerada de forma natural, liberada no intestino e viaja ao cérebro. Até agora, esta molécula tinha sido estudada somente com relação ao controle de apetite.

Para este trabalho, Laura e sua equipe administraram aos animais álcool e a molécula ao mesmo tempo e comprovaram que esta última é capaz de reduzir a neuroinflamação exacerbada.

"Constatamos que este composto OEA tem propriedades anti-inflamatórias contra o dano cerebral", afirmou a científica.

Agora, o próximo passo será comprovar este efeito preventivo em voluntários humanos. O teste será feito em estudantes da UCM.

Se as pesquisas continuam seu curso e os resultados forem bons, "no futuro poderemos conseguir um bom tratamento farmacológico para tratar qualquer tipo de abuso de álcool".

EFE   
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