Experimento neurológico produz metamorfose facial, diz jornal
12 nov2012 - 11h51
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Um experimento conduzido por pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, conseguiu, pela primeira vez, estabelecer uma relação causal entre a região do cérebro conhecida como giro fusiforme e processamento de faces humanas. O trabalho pode vir a ajudar no tratamento de uma espécie de "cegueira para feições", conhecida como prosopagnosia, que impede as pessoas que sofrem desse distúrbio de distinguir rostos. Além disso, os resultados encontrados podem ajudar na compreensão do porque algumas pessoas são muito melhores que outras em reconhecer faces. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
No estudo, publicado na revista científica Journal of Neuroscience, três técnicas diferentes foram utilizadas para obter os resultados, sendo duas para achar áreas específicas do giro fusiforme relacionadas ao reconhecimento de rostos e uma para induzir uma distorção da percepção quando os eletrodos estavam exatamente no mesmo lugar das duas primeiras. Ron Blackwell, 45 anos, sofre de epilepsia e recebeu os eletrodos para o experimento. "É quase como se os traços de seu rosto tivessem ficado caídos", declarou. Outros objetos, segundo ele, não sofreram distorção. Para o neurocirurgião Fábio Godinho, que fez doutorado no Instituto de Neurociências de Lyon, o giro fusiforme provavelmente faz o processamento de formas e cores da face, enquanto outras áreas lidam com coisas como as associações emocionais que um rosto traz.
Um menino britânico de 19 meses teve de passar por uma cirurgia para permitir que seu cérebro continuasse crescendo. Coban Sykes, que aparece na foto ao lado da mãe, Nicola, sofre da síndrome de Muenke, um tipo de craniossinostose, o fechamento prematuro dos ossos do crânio. A família vive em Wombwell, no Reino Unido
Foto: The Grosby Group
Ao contrário dos outros bebês, Coban já tinha os ossos do crânio fundidos, o que impediria seu cérebro de crescer e poderia deixá-lo cego e surdo. Segundo o site do jornal Daily Mail, a síndrome é rara - atinge uma a cada 30 mil crianças
Foto: The Grosby Group
Em uma cirurgia de quatro horas há duas semanas, os médicos separaram os ossos do crânio e colocaram molas entre uma membrana que protege o cérebro e os ossos para dar espaço para o órgão crescer. Em seis meses, ele deve passar por uma nova, mas similar cirurgia
Foto: The Grosby Group
"Quando ele nasceu, a parte de cima do crânio já estava fundida, o que significava que sua cabeça não acomodava seu cérebro em crescimento. (...) Nós esperávamos que ele não precisasse de uma operação tão cedo, mas a visão dele começou a ficar ruim em setembro e os doutores no (hospital) Great Ormond Street disseram que era importante operá-lo", diz a mãe
Foto: The Grosby Group
A mãe conta que a casa teve que ser preparada para que o filho não se machuque. Como ele não pode usar um capacete, o que poderia prejudicar o desenvolvimento, a família, incluindo pai, mãe e suas duas irmãs, tem que ficar de olho nele 24 horas. "Nós realmente precisamos de um pouco de ajuda", conta Nicola, que tenta levantar fundos para pagar o tratamento do filho