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Japão inaugura banco de esperma de animais para colonizar planetas

Segundo os pesquisadores, essa técnica vai permitir, no futuro, levar informações genéticas ao espaço para colonizar outros planetas

28 ago 2013 - 10h13
(atualizado às 13h54)
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Os cientistas conseguiram liofilizar o esperma de um rato, deixando os espermatozoides viáveis cinco anos depois
Os cientistas conseguiram liofilizar o esperma de um rato, deixando os espermatozoides viáveis cinco anos depois
Foto: AFP

Dois cientistas japoneses anunciaram nesta quarta-feira a abertura de um banco de esperma de animais em perigo de extinção, para o qual utilizaram uma técnica de liofilização que, segundo eles, permitirá o nascimento de espécies em outros planetas.

A liofilização é um processo de secagem e de eliminação de substâncias voláteis realizado em temperatura baixa e sob pressão reduzida.

A equipe do Instituto de Experimentação em Animais da Universidade de Kyoto conseguiu conservar o esperma extraído de duas espécies de primatas ameaçadas e de um tipo de girafa, explicou o professor Takehito Kaneko.

Os pesquisadores misturaram o esperma com um líquido de conservação e liofilizaram o conjunto, o que permite conservar o sêmen a 4 graus Celsius - uma temperatura mais elevada e menos exigente no consumo de energia que as técnicas tradicionais de conservação.

A equipe de Kaneko, que conseguiu liofilizar o esperma de um rato e um camundongo, explicou que esses espermatozoides continuavam viáveis cinco anos depois. "Os cientistas podem desta maneira ter acessos a informações genéticas mais facilmente, o que significa que poderemos ajudar a conservar as espécies ameaçadas", acrescentou Kaneko.

Esta técnica não foi aplicada ainda ao esperma humano, mas isso poderá ser estudado no futuro, segundo o cientista, que anunciou seu próximo objetivo que é desenvolver um método similar para óvulos.

"Pode parecer um sonho, mas poderemos, no futuro, levar as informações genéticas ao espaço. Caso o homem venha a colonizar outros planetas, por exemplo, esta técnica poderá ajudar a estabelecer espécies de animais nesses planetas", explicou.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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