Jornal vaticano diz que papiro sobre mulher de Jesus é falso
27 set2012 - 16h01
(atualizado às 17h12)
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O jornal vaticano L'Osservatore Romano afirmou nesta quinta-feira que o papiro do século IV recentemente apresentado no qual aparece a frase em copta "Jesus lhes disse, minha esposa", que alimentou a teoria que fosse casado, é "falso".
O vespertino da Santa Sé publicou em sua edição de hoje um artigo do professor italiano Alberto Camplani, especialista em língua copta e professor de História do Cristianismo na Universidade La Sapienza de Roma, no qual analisa o papiro recuperado pela professora americana Karen King que levantou a polêmica.
Em seu artigo, Camplani afirma que Karen apresentou o papiro como do século IV e que o texto pôde ter sido escrito no século II "quando se debatia sobre se Jesus esteve casado". Camplani expressou sua "reserva" sobre esse ponto e que perante um objeto desse tipo, "que ao contrário de outros papiros não foi descoberto em uma escavação, mas provém de um mercado de antiguidades, é preciso adotar precauções, que excluam que se trata de algo falsificado".
O especialista italiano acrescentou que, no que concerne ao texto, a própria Karen propõe vê-lo não como uma prova do estado conjugal de Jesus, mas como uma tentativa de fundar uma visão positiva do casamento cristão.
"Mas não é assim, trata-se de expressões totalmente metafóricas, que simbolizam a consubstancialidade espiritual entre Jesus e seus discípulos, que são amplamente divulgadas na literatura bíblica e na cristã primitiva", comentou o especialista.
O jornal vaticano acrescentou que de todas as maneiras se trata de um documento "falso" e ressaltou que a historiadora americana preparou o anúncio "sem deixar nada ao acaso: imprensa americana avisada e entrevista coletiva prévia de King para preparar a exclusiva mundial, que, no entanto, foi posta em dúvida pelos especialistas".
Segundo o vespertino da Santa Sé, "razões consistentes" fazem pensar que o papiro seja uma "trôpega falsificação, como tantas que chegam do Oriente Médio", e que as frases nada têm a ver com Jesus.
No Oriente Médio, um tesouro milenar é descoberto. Na Itália, pesquisadores acreditam ter encontrado o esqueleto da mulher que serviu de modelo para Leonardo da Vinci pintar a Mona Lisa. Além disso, cientistas encontraram um barca funerária com aproximadamente 5 mil anos. Veja essas e outras descobertas da arqueologia no mês de julho
Foto: AFP / Reuters
Um tesouro com moedas de ouro milenares foi desencavado de um terreno em Israel onde forças cristãs e muçulmanas travaram batalhas pelo controle da Terra Santa durante as cruzadas
Foto: Reuters
As 108 moedas estavam em uma jarra de cerâmica sob uma lajota, no topo das ruínas que ficam à beira-mar, a 15 km de Tel Aviv
Foto: Reuters
O material estava nas ruínas de um castelo em Arsuf, local estratégico durante o conflito religioso dos séculos 12 e 13
Foto: Reuters
Oren Tal, professor da Universidade de Tel Aviv que comandou a escavação, acredita que o tesouro tenha pertencido à Ordem de Malta, cujos membros habitavam o castelo
Foto: Reuters
Ao todo, as moedas pesam cerca de 400 gramas. Algumas foram cunhadas dois séculos antes no Egito, e elas serão estudadas nos próximos seis meses
Foto: Reuters
Ilustração mostra a reconstrução de como era o local onde o tesouro foi encontrado
Foto: Reuters
Peças de lingerie datadas do século 15 foram encontradas em uma espécie de cofre que estava embaixo do piso de madeira de um castelo na Áustria. Modelo de sutiã encontrado lembra os usados atualmente
Foto: Institute of Archaeology, University of Innsbruck / Divulgação
Apesar do estado do tecido, pode-se concluir que uma das calcinhas encontradas, com tiras para amarrar nas laterais, lembra os biquínis atuais
Foto: Institute of Archaeology, University of Innsbruck / Divulgação
As roupas de baixo estavam entre quase três mil fragmentos de roupas e escombros encontrados no castelo de Lengberg durante recentes reformas
Foto: Institute of Archaeology, University of Innsbruck / Divulgação
Membros do time de escavação do Museu Britânico trabalham em uma universidade de Sidon, no Líbano, e acham objetos e ossos da Idade do Bronze (período que teve início por volta de 3000 a.C), encontrados durante uma obra na instituição
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
Objetos foram encontrados durante escavações para construção de museu
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
A construção de um museu está prevista para iniciar em setembro
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
Louças foram encontradas pela equipe que trabalha na universidade de Sidon, no Líbano
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
Um artefato feito de barro está entre as peças encontradas
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
Uma figura feita de pedra é medida por um dos membros da equipe de escavação do Museu Britânico
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
A figura é um dos objetos encontrados durante escavações para obra na universidade
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
Um dos membros da equipe de escavação exibe a figura feita de pedra
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
O time de escavação do Museu Britânico, de Londres, trabalha buscando antiguidades na universidade de Sidon
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
Membro da equipe mostra local onde alguns objetos foram encontrados
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
A previsão é de que em setembro as obras para um novo museu na universidade tenham início
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
Enquanto isso, pesquisadores trabalham no local buscando por objetos antigos
Foto: Mahmoud Zayyat / AFP
Arqueólogo examina uma barca funerária encontrada no Egito. Ministério egípcio de Antiguidades afirma que os restos da embarcação são da primeira dinastia faraônica, em torno do ano 3000 a.C.
Foto: EFE
O ministério afirma que a barca foi achada em Abu Rauash, província de Guiza. Os vestígios são compostos por 11 tábuas de madeira, cada uma com 6 m de comprimento e 1,5 de largura
Foto: EFE
As peças foram transferidas ao centro de reabilitação do Grande Museu egípcio, onde serão tratadas para garantir sua conservação. Posteriormente, elas deverão ser expostas no Museu Nacional da Civilização Egípcia, na sala dedicada ao Rio Nilo. As barcas funerárias eram colocadas ao lado dos túmulos das pessoas para que estas pudessem utilizá-la em outro mundo
Foto: EFE
Arqueólogos encontram ossada no convento de Santa Úrsula, em Florença, na Itália. Os pesquisadores acreditam que os ossos pertença a Lisa Gherardini, a modelo que Leonardo da Vinci teria usado para pintar a Mona Lisa
Foto: AFP
Ano passado, um time de arqueólogos começou a cavar no prédio abandonado e achou uma cripta que acreditam ser de Lisa e, em seguida, acharam um crânio que era de uma mulher. Agora, eles acharam um esqueleto que passará por testes para saber se esses ossos combinam com o crânio
Foto: AFP
Se os resultados baterem, os cientistas vão comparar o DNA da ossada com os restos mortais dos dois filhos de Lisa
Foto: AFP
Após esses estudos, eles pretendem refazer o rosto original da italiana e compará-lo com a Gioconda de Da Vinci - e talvez resolver o enigmático sorriso da pintura de 500 anos
Foto: AFP
Da Vinci teria começado a pintura em 1503 ou 1504 e finalizado em 1519, pouco antes de sua morte, quando já morava na França
Foto: Getty Images / AFP
Segundo reportagem do site do jornal britânico Daily Mail, historiadores acreditam que Lisa foi a modelo para a Mona Lisa. Após o falecimento do marido, ela viveu como freira no convento até sua morte, em 15 de julho de 1542, aos 63 anos
Foto: AFP
Ano passado, o time de arqueólogos começou a cavar no prédio abandonado e achou uma cripta que acreditam ser de Lisa e, em seguida, acharam um crânio que era de uma mulher
Foto: AFP
Por falta de fundos, o grupo teve que interromper o trabalho, mas conseguiu dinheiro e voltou à escavação no mês passado. Veja as mensagens secretas de Michelangelo e outros segredos da arte