Motivo pelo qual peixes não congelam no Ártico é descoberto
28 ago2010 - 14h03
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Pesquisadores da Universidade de Bochum, na Alemanha, descobriram os motivos que fazem com que os peixes não congelem até a morte no Oceano Ártico, de águas extremamente gélidas. A equipe de pesquisa divulgou seu trabalho na Revista da Sociedade Americana de Químicos, segundo informações do site Science Daily.
Foi descoberto um sistema natural anticongelamento. Uma proteína com essa capacidade no sangue dos peixes afeta as moléculas da água ao seu redor e evita o congelamento. Não há química entre a proteína e a água, apenas a presença da proteína já é suficiente.
As águas do Oceano Ártico não costumam variar além de 0°C, e o ponto de congelamento do sangue dos peixes é de 0.9 °C. Portanto, se não ocorresse a ação do sistema anticongelante, os peixes morreriam. O funcionamento exato das proteínas continua indefinido para os cientistas.
Com uma técnica especial, os pesquisadores de Bochum conseguiram gravar a movimentação das moléculas da água e das proteínas. Com isso, puderam notar que o movimento das moléculas, que costuma manter uma ordem fixa, foi alterado com a presença das moléculas. Este efeito evita a cristalização do gelo, o que evita o congelamento dos peixes habitantes do Ártico.
Dois wolphins (do inglês whale e dolphin) brincam em parque no Havaí
Foto: Reuters
O animal é um híbrido do cruzamento entre a baleia falsa-orca (Pseudorca crassidens) e o golfinho-nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus)
Foto: Reuters
Ele é, de certa forma, uma mistura dos pais. "O wholphin possui tamanho, cor e formato intermediários entre as espécies parentais. Ela possui 66 dentes, número intermediário entre o nariz-de-garrafa (88 dentes) e a falsa-orca (44 dentes)", diz o biólogo Roberto do Val Vilela, do setor de mamíferos do Zoológico de São Paulo
Foto: Reuters
Kekaimalu, o primeiro wolphin conhecido, é uma das estrelas do show de golfinhos do Sea Life Park, no Havaí
Foto: Reuters
O cruzamento parece estranho, mas nem todas as baleias são gigantes. A falsa-orca, assim como a orca e a gigante cachalote, faz parte das chamadas baleias com dentes, que são muito mais próximas dos golfinhos do que outras baleias, como a azul
Foto: Getty Images
Todos estes animais são cetáceos, mas as baleias com dentes e os golfinhos (como os da imagem) fazem parte da subordem Odontoceti, enquanto as outras estão na Mysticeti. Mesmo dentro da subordem Odontoceti, a falsa-orca é mais próxima dos golfinhos, pertencendo, inclusive, à mesma família (Delphinidae), o que explica a possibilidade de cruzamento entre as duas espécies. Ficou curioso? Veja outros inusitados cruzamentos entre animais nas próximas imagens
Foto: Getty Images
O cruzamento de um dromedário (Camelus dromedarius) e uma lhama (Lama glama) é chamado de cama. Como o dromedário pesa seis vezes o peso de uma lhama, é necessário a inseminação artificial - sendo que o cruzamento entre lhama macho e camelo fêmea foi tentado sem êxito. Rama, o primeiro cama nasceu em 1998 no Centro de Reprodução de Camelos em Dubai. Esses camelídeos têm o mesmo número de cromossomos (74), fazendo do híbrido propenso a produzir descendentes férteis
Foto: Divulgação
A iguana híbrida resulta do cruzamento entre uma iguana-marinha macho (gênero Amblyrhynchus) e uma iguana-terrestre fêmea (gênero Conolophus). O animal pode ser encontrado no arquipélago de Galápagos onde os territórios das duas espécies se sobrepõem. Normalmente o híbrido é estéril
Foto: Divulgação
Os zebroides são cruzamentos entre zebra e outro animal do gênero Equus. Esses híbridos costumam ter listras apenas em parte do corpo e se assemelham mais ao progenitor não-zebra. Nesta imagem, um zebralo - resultado do cruzamento de zebra e égua
Foto: Reuters
As zebras são selvagens e indomáveis, sendo que o zebralo costuma herdar o temperamento forte e pode ser agressivo
Foto: Reuters
Apesar disso, o animal costuma parecer mais fisicamente com um cavalo, apesar das listras
Foto: Divulgação
O cruzamento de zebra e asno é chamado de zebrasno
Foto: Divulgação
Os zebrasnos variam muito conforme os genes dos progenitores se manifestam. São geralmente estéreis e podem ser encontrados na natureza na África do Sul e na Namíbia, onde zebras e burros vivem próximos
Foto: Divulgação
O gato de Bengala, ou bengal, é uma raça relativamente nova e resulta do cruzamento entre o gato doméstico (Felis sylvestris catus) e um gato-leopardo-asiático (Prionailurus bengalensis). O animal é fértil e tem porte entre médio e grande, com peso entre 5,5 çg e 9 kg
Foto: Divulgação
O Savannah é um híbrido entre gato doméstico e serval africano (Leptailurus serval). A maior parte dos animais é estéril. O Savannah tem porte intermediário entre os dois animais, cabeça em formato triangular, orelhas esguias e de tamanho grande, e a pelagem formada por manchas iguais a do serval, porém, a cor do pelo pode variar entre prateado, dourado ou marrom
Foto: BBC Brasil
Um serval é visto na savana africana. Habitat do animal deu nome ao resultado de seu cruzamento com gato doméstico
Foto: Getty Images
O caraval é o híbrido do cruzamento entre uma serval fêmea e um lince caracal (Caracal caracal) macho
Foto: Divulgação
Imagem mostra um lince caracal
Foto: Getty Images
Já o cruzamento entre lince caracal fêmea e serval macho resulta em um servical. O animal tem tamanho médio, com pequenas manchas do pai e cor da mãe. A robustez é parecida com a do pai e o formato da cabeça com a mãe, enquanto as orelhas possuem a pelagem característica dos linces
Foto: Divulgação
O híbrido de leão (Panthera Leo) e tigresa (Panthera tigris) é chamado de ligre ou liger (do inglês lion e tiger)
Foto: AP
As fêmeas podem ser férteis e podem se acasalar com outro animal parecido, como os próprios tigre ou leão, mas o filhote pode ter a saúde delicada
Foto: AP
Quando o cruzamento ocorre entre um tigre e uma leoa, o híbrido é chamado de tigreão ou tiglon (do inglês tiger e lion). Eles podem ter pintas da mãe (leões têm o gene para pintas e as crias de leão são pintadas) ou as listras do pai, além de uma discreta juba. São menores que os ligres, mas não tem nenhum tipo de nanismo ou miniaturização, passando muitas vezes dos 180 kg
Foto: Divulgação
O jagleão é o cruzamento entre um macho de onça-pintada (Panthera onca) e uma leoa (Panthera leo)
Foto: Divulgação
O pumapardo é o híbrido do cruzamento entre puma (Puma concolor) e fêmea de leopardo (Panthera pardus). Não é conhecido o híbrido inverso. Esse animal, por causa da distribuição das espécies, não é conhecido na natureza e é raro, mesmo em cativeiro. Esse animal costuma ter morte prematura. Atualmente, cientistas voltaram a ter interesse neste cruzamento
Foto: Divulgação
A perda do gelo polar, o habitat natural do urso polar, pode levar esse animal a encontrar cada vez mais o urso pardo. Foi do cruzamento dessas espécies que nasceu o urso grolar (do inglês grizzly e polar). Muitos relatos sobre esse híbrido não puderam ser confirmados porque os testes de DNA ainda não eram muito avançados. Contudo, em 2006 um caçador abateu um urso que foi confirmado por exames como o primeiro grolar conhecido
Foto: Reprodução
De acordo com a WWF, o urso pardo tem a maior população entre os ursos selvagens, vivendo no Alasca, Canadá e Rússia, mas corre risco por causa da perda de seu habitat
Foto: Getty Images
Estrela de muitos zoológicos, o urso polar é um dos animais que mais sofre com o aquecimento global
Foto: Getty Images
O beefalo é uma raça sintética com 3/8 de bisão americano (Bis bison) e 5/8 de gado bovino europeu (Bos taurus). O animal é robusto, inteligente e curioso e foi criado experimentalmente em centros de pesquisa
Foto: Divulgação
Um bisão americano pode ser visto na imagem
Foto: Getty Images
Apesar de parecidos fisicamente, a ovelha doméstica (Ovis aries), com 54 cromossomos, e a cabra doméstica (Capra hircus), com 60 cromossomos, pertencem a gêneros diferentes e geralmente os híbridos são natimortos, raramente resultando em prole viva. Contudo, em laboratório já foram criados híbridos, ou mais corretamente quimeras, como esta da imagem, chamada de ovabra ou cabrelha (geep, em inglês)
Foto: Divulgação
A mula é o resultado do cruzamento entre uma égua e um jumento, sendo normalmente estéril. Segundo o biólogo, apesar de raros, desde 1527 foram registrados mais de 60 casos em que uma mula deu à luz
Foto: Divulgação
O resultado do cruzamento entre cavalo e uma jumenta é chamado de bardoto ou bardota. Geralmente esse animal tem menor porte e deformações na cabeça, provavelmente por falta de espaço no útero materno. Desde 1927 foi registrado apenas um caso de bardota fértil
Foto: Divulgação
O tambacu é um peixe híbrido entre o tambaqui (Colossoma macropomum) e pacu-caranha (Piaractus mesopotamicus) criado para combinar o maior crescimento do tambaqui e a resistência ao frio do pacu. A reprodução é feita artificialmente, com ovas de tambaqui e sêmem de pacu
Foto: Divulgação
A Pelophylax kl. Esculentus é um híbrido fértil do cruzamento entre Pelophylax lessonae e Pelophylax ridibundus. As fêmeas têm entre 5 e 9 cm de comprimento e os machos entre 6 e 11 cm e suas pernas são consideradas iguarias culinárias