Pesquisadores reproduzem ostra ornamental com método inédito
26 ago2011 - 19h11
(atualizado às 19h20)
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Uma espécie de ostra ornamental originária da região do Indo-Pacífico começa a ser reproduzida na Universidade de São Paulo (USP) por um método inédito. Após estudar a anatomia do bivalve, os cientistas encontraram o ponto anatômico ideal para a aplicação de uma injeção de serotonina - composto neurotransmissor -, informou a Agência USP.
"A substância relaxa a musculatura do animal e estimula a desova", explica o oceanógrafo Marcello Scozzafave, um dos integrantes do grupo que vem estudando o sistema reprodutivo da ostra, cujo nome científico é Tridacna maxima.
Até o momento, os pesquisadores conseguiram atingir 90% do ciclo larval da ostra, desde a produção de gametas (células sexuais) até o último estágio larval. Miguel Mies, estudante que integra o grupo, explica que este método de indução à desova já foi reproduzido por pelo menos 30 vezes no Laboratório de Aquicultura do Instituto Oceanográfico da USP.
Ele conta que a primeira fase do ciclo reprodutivo ocorre cerca de 15 horas após a injeção da substância e a fecundação. "Esta fase é denominada trocófora. A segunda fase, chamada véliger, acontece cerca de 24 horas após a fecundação", descreve. Os cientistas atingiram a terceira fase do processo, o pediveliger, que ocorre cerca de sete dias depois da fecundação.
Mies conta que após 15 dias, a Tridacna já atinge o formato de uma ostra adulta, mas ainda pouco visível a olho nu. "Com uma lupa é possível visualizar o animal. Neste estágio ele possui um tamanho pouco maior do que um grão de areia, mas suas formas já estão bem definidas", conta.
"Ao todo, o ciclo de vida desta espécie de ostra pode chegar até mais de 50 anos", ressalta o estudante.
Objeto de desejo
As Tridacnas adultas chegam a custar no mercado nacional entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, dependendo de seu tamanho e coloração. "Na Indonésia chegam a custar US$ 10, e nos Estados Unidos, entre US$ 40 e US$ 50", compara Mies.
Segundo ele, por ser um ornamento raro, alguns colecionadores chegam a pagar valores ainda mais altos. "Sabe-se que um empresário brasileiro chegou a pagar cerca de R$ 12 mil por uma destas", conta o pesquisador, lembrando que, em seu ambiente natural, a espécie Tridacna gigas pode atingir 1,2 m de tamanho.
A espécie de lagarto Varanus macraei é capaz de atingir 1 m de comprimento
Foto: WWW/Lutz Obelgonner / Divulgação
Imagem mostra a espécie de lagarto Varanus macraei
Foto: WWW/Lutz Obelgonner / Divulgação
A espécie Varanus macraei foi uma das 37 novas espécies de lagarto encontradas em Nova Guiné
Foto: WWW/Lutz Obelgonner / Divulgação
Esta espécie (Varanus macraei) foi descoberta na Ilha de Vogelkop
Foto: WWW/Lutz Obelgonner / Divulgação
Foram descobertas 580 novas espécies de invertebrados, como a espécie de caracol Paryphantopsis misimensis
Foto: WWW/Fred Kraus / Divulgação
A espécie de lagarto Cyrtodactylus irianjayaensis foi uma das 43 novas espécies de répteis descobertas em Nova Guiné
Foto: WWW/Paul Ritchie / Divulgação
A equipe da WWF registrou cerca de 300 novas espécies de orquídea como a Cadetia kutubu orchid
Foto: WWW/Waine Harris / Divulgação
Nova Guiné tem alguns dos mais belos peixes de água frescas, como este peixe arco-íris
Foto: WWW/G. R. Allen / Divulgação
Nova Guiné se encontra em uma região conhecida como Triângulo Coral, que contém o mais diversificado ecossistema marinho da Terra
Foto: WWW/G. R. Allen / Divulgação
Imagem mostra uma das quatro espécies de borboleta descobertas em Nova Guiné
Foto: WWW/Henk van Mastrigt / Divulgação
As orquídeas são o principal exemplo da diversidade de plantas encontradas entre 1998 e 2008 em Nova Guiné
Foto: WWW/AndrC Schuiteman / Divulgação
Segundo a WWF, a mais impressionante descoberta foi a nova espécie de tubarão de água doce, a espécie Glyphis garricki
Foto: WWW/Will White CSIRO Marine & Atmospheric Research / Divulgação
Os cientistas disseram nunca ter ouvido a espécie de pássaro Melipotes carolae fazer qualquer tipo de som
Foto: WWW/Bruce Beehler / Divulgação
A WWF também descobriu uma nova espécie de golfinho: Orcaella heinsohni
Foto: WWW/Isabel Beasley / Divulgação
A nova espécie O. heinsohni é a primeira nova espécie de golfinho descoberta em 30 anos
Foto: WWW/Guido J. Parra / Divulgação
Foto mostra a espécie Dendrobium limpidum uma das 100 novas espécies descobertas em Nova Guiné
Foto: WWW/Bob Bowser/B2 Photography / Divulgação
O nome da nova espécie de sapo Litoria dux é proveniente do latim e significa líder
Foto: WWW/Stephen Richards / Divulgação
A nova espécie de marsupial Spilocuscus wilsoni tem como característica os olhos azuis
Foto: WWW/Tim Flannery / Divulgação
As florestas da Nova Guiné possuem uma rica variedade de plantas frutíferas como a Dendrobium limpidum