'Science': teste com drogas anti-HIV foi grande inovação do ano
22 dez2011 - 17h08
(atualizado às 17h16)
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Um teste clínico que demonstrou que medicamentos contra o HIV podem ser tão eficazes quanto os preservativos na prevenção da transmissão do vírus causador da aids foi escolhido a inovação do ano da revista científica Science nesta quinta-feira.
A lista das 10 maiores inovações, feita pela Associação Americana para o Progresso da Ciência, que publica a revista Science, estará na edição de sexta-feira do periódico. A matéria do ano foi um teste internacional, cunhado HPTN 052, que demonstrou que as pessoas que tomam medicamentos antirretrovirais reduziram o risco de transmissão heterrossexual para seus parceiros em 96%.
A inovação foi descrita por alguns especialistas como um ponto decisivo na luta contra a aids, 30 anos depois de a epidemia ser identificada pela primeira vez. O teste começou em 2007 e foi feito com 1.763 casais heterossexuais - em que um dos parceiros era soropositivo - de Brasil, Botsuana, Índia, Quênia, Malaui, África do Sul, Tailândia, Estados Unidos e Zimbábue.
Segundo a revista, o teste terá "profundas implicações na resposta futura à epidemia de HIV", vírus que infecta cerca de 33 milhões de pessoas em todo o mundo e matou 1,8 milhão em 2009. "Os resultados do HPTN 052 e outros feitos recentes despertaram a esperança de que combinar estas intervenções possa por um fim à epidemia de aids em países inteiros, se não no mundo", destacou a revista.
Entre as outras grandes inovações de 2011 estão o retorno à Terra de uma nave japonesa trazendo poeira de um asteroide, os avanços feitos para a obtenção de uma vacina contra a malária e descobertas sobre genes de humanos modernos relacionados com os homens das cavernas.
A britânica Hayley Okines, 12 anos, sofre de progéria infantil, rara doença que provoca o rápido envelhecimento. Ficou com alguma dúvida? Leia mais sobre os casos nos links abaixo
Foto: Reprodução
Apesar de ser uma adolescente, a jovem tem estrutura óssea de uma pessoa de 100 anos, sofre de artrite, falta de apetite e toma dois coquetéis de comprimidos todos os dias
Foto: Reprodução
Apesar dos problemas, a menina não desiste e vai à escola todos os dias em East Sussex, na Inglaterra. A vida dela será contada em um documentário que será exibido na TV europeia
Foto: Reprodução
A britânica Tabitha Stuttard sofre de agenesia do corpo caloso, doença que faz com que ela tenha seu desenvolvimento psicomotor afetado. O problema faz com que ela tenha aversão a tudo que coloque na boca. A criança é alimentada por um tubo que vai até o estômago desde que tinha 6 meses de idade
Foto: O Dia
Todo os dias, Michelle Philpots tem que conviver com os bilhetinhos de seu marido para deixá-la a par de tudo que acontece com eles. A britânica sofre de um caso raro de amnésia - ela nunca lembra do dia anterior, como no filme Como se Fosse a Primeira Vez
Foto: Reprodução
A causa do problema da britânica seriam dois acidentes de carro, em 1985 e em 1990. O caso se desenvolveu e, desde 1994, Michelle não lembra de nada o que aconteceu no dia anterior
Foto: Reprodução
O marido mostra a Michelle, todos os dias pela manhã, fotos do álbum de casamento dos dois. Esse é o único jeito dela aceitar conversar com ele
Foto: Reprodução
Brooke Greenberg (esq.), 16 anos, ao lado de sua irmã Carly, 13 anos. Cientistas americanos estudam o caso de Brooke, que não envelhece e tem o corpo e comportamento de uma criança pequena
Foto: Reprodução
A canadense Aleisha Hunter foi curada de câncer de mama quando tinha 3 anos. Leia notícia relacionada
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Aleisha foi a pessoa mais jovem a ter a doença diagnosticada
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Aleisha Hunter, de Toronto, no Canadá, foi diagnosticada em dezembro de 2008, quando tinha 2 anos
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A criança canadense foi curada quando tinha 3 anos e não apresenta mais sinais da doença
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A mãe de Aleisha, Melanie, foi quem descobriu o caroço no peito da criança, quando a secava depois de um banho
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Lauren McSheehy e seu pai Andy sofrem de uma das mais raras doenças do planeta, a síndrome da hiperimunoglobulina E, ou síndrome de Jó
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A síndrome de Jó é similar à aids, diminuindo as defesas do corpo. Os médicos não estavam certos se Andy passaria a doença a seus filhos
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Lauren herdou a síndrome de Jó do pai, mas Louise, sua irmã, não herdou
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Britânica que vive no Canadá tem doença rara na pele
Foto: Bancroft Media / Getty Images
Leslie Anne Jenkins mostra pedaços de sua pele tirados do rosto
Foto: Bancroft Media / Getty Images
Leslie teve que parar de trabalhar após descobrir a doença e, se não receber auxílio do governo, disse que vai aceitar as doações de voluntários
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Sem condições de pagar o tratamento, Leslie pediu ajuda ao governo de Canadá, que negou auxílio
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A imagem mostra a britânica em 2007, antes de apresentar os sintomas da doença
Foto: Barcroft Media / Getty Images
O menino iraquiano Sirwaan Sohran descansa após cirurgia na Índia
Foto: Barcroft Media / Getty Images
O menino iraquiano sofre de Malformação Aneurismática da Veia de Galeno. Leia notícia relacionada
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A doença dificulta a circulação de sangue no cérebro de Sirwaan
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A doença causava a saída de sangue do órgão pelo olho esquerdo do menino iraquiano e inchava a região
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Para salvar a vida do filho, o pai levou Sirwaan até Nova Delhi, na Índia
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Segundo o doutor Shakir Hussain, neurologista do hospital, o menino iraquiano passou por diversos exames e os especialistas decidiram fazer uma operação inovadora "ao fazer desvios ou passagens alternativas para o sangue"
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A cirurgia de Sirwaan foi realizada na cidade indiana
Foto: Barcroft Media / Getty Images
A equipe com uma dúzia de médicos demorou cinco horas para realizar a cirurgia no menino iraquiano, que foi considerada um sucesso
Foto: Barcroft Media / Getty Images
O médico Shakir Hussain, ao lado de Sirwaan, participou da cirurgia
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Sohram Jaffer, pai da criança iraquiana, a levou à Índia para a cirurgia
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Menina Charlotte Garside sofre da rara doença chamada nanismo primordial. Ela tem 58 cm de altura e é considerada a menor criança do mundo
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Sarah Reinfelder, 21 anos, ao lado do marido, segura as recém-nascidas Valerie Marie e Kaylin Joy. O caso ocorreu em 2009, quando Sarah, que tem dois úteros, deu à luz duas filhas, gêmeas, mas uma de cada órgão
Foto: AP
Valerie Marie nasceu do útero maior por ser a de maior comprimento; já o peso foi de apenas 450 g
Foto: AP
Apesar do pouco peso, 450 g, a pequena Valerie Marie passa bem. Ao fundo, a mãe, Sarah Reinfelder, recebe atenção do médico
Foto: AP
Bethany (esq.) e Megan Shepherd se encontram com a irmã "trigêmea" Ryleigh, que nasceu 11 anos após elas
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As três foram concebidas por inseminação artificial, mas, na época, os pais decidiram transferir apenas dois óvulos
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Onze anos depois, felizes com o resultado do tratamento, os pais decidiram transferir o terceiro óvulo, com o aval de Bethany e Megan
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Ryleigh nasceu em novembro, 11 anos depois de Bethany e Megan, saudável e pesando 3,1 kg
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Segundo Helena Corleta, coordenadora do Núcleo de Reprodução Humana do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, não há um limite de tempo para o congelamento de embriões, o que diminui o espanto com o caso da menina britânica. Contudo, Helena afirma que o maior tempo entre o congelamento e a transferência do embrião foi cinco anos
Foto: Barcroft Media / Getty Images
As gêmeas Amber Mae e Lily Rose Locker nasceram em outubro de 2007, mas causaram um susto aos pais e aos médicos poucos meses após o nascimento
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os pais descobriram que as gêmeas sofriam de fibrose cística
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os médicos que tratam de Amber Mae e Lily Rose Locker afirmaram à família que a chance de gêmeas não idênticas sofrerem de fibrose cística é de uma em 1 milhão
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Além das gêmeas, os pais Vanessa, 26 anos, e Gary, 35 anos, tem outros três filhos: a menina Tayla, 11 anos, e os meninos Charlie, 10 anos, e Vinnie, 4 anos
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Poucas semanas após o nascimento, os pais já notavam que havia algo estranho com Amber Mae e Lily Rose. "Eu já havia tido três crianças e eu soube imediatamente que havia algo errado com as meninas depois de trazê-las para casa. Nenhuma das duas comia facilmente e, quando o faziam, saía muito muco dos pulmões", diz Vanessa
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os pais levaram as gêmeas a um hospital, mas os médicos as mandaram de volta para casa. No dia seguinte, Amber parou de respirar e o casal a levou correndo para a emergência. Os médicos se esforçaram por cinco horas para tentar fazer a menina melhorar, mas já achavam o caso perdido - até um padre foi chamado
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Os pais, em uma última tentativa, a transferiram Amber para o hospital da Universidade de Cambridge, apesar de o bebê poder morrer na ambulância
Foto: Barcroft Media / Getty Images
No dia seguinte, quando Amber já estava em Cambridge, a irmã também parou de respirar e foi levada às pressas para o hospital. Os médicos conseguiram estabilizar o quadro das duas, que estavam com pneumonia
Foto: Barcroft Media / Getty Images
Hoje com três anos, elas tomam remédios diariamente administrados pelo pai, Gary, e a mãe, Vanessa, incluindo antibióticos para parar infecções desenvolvidas nos pulmões. Além disso, elas fazem fisioterapia três vezes por semana para limpar o muco dos pulmões
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"Elas vão à pré-escola que elas amam, apesar de às vezes não sentirem bem o suficiente e não poderem ir. (...) É provável que elas precisem de um transplante em algum momento, mas nós estamos vivendo cada dia de uma vez", diz a mãe de Amber e Lily
Foto: Barcroft Media / Getty Images
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