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Tratamento preventivo pode reduzir transmissão do HIV, aponta estudo

Medicamentos antirretrovirais utilizados em como forma de prevenção (profilaxia) diminuiriam as chances de contágio entre parceiros sexuais

10 set 2013 - 18h00
(atualizado às 18h00)
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Um estudo recém-concluído descobriu que a prevenção contra a exposição ao vírus HIV - a chamada profilaxia, uma estratégia para prevenir a infecção pelo vírus da aids através do uso diário de medicamentos antirretrovirais para pessoas em risco - pode ser uma ferramenta importante no combate à doença. Se utilizados com frequência, esses medicamentos seriam capazes de reduzir a transmissão do vírus ao evitar o contágio entre pacientes que mantêm relações sexuais com parceiros infectados. A pesquisa foi divulgada na edição desta terça-feira da revista científica PLOS Medicine.

O método, chamado Profilaxia Pré-exposição (PrEP), acompanhou africanos não infectados que mantinham um relacionamento com um parceiro portador do vírus da aids. A partir da combinação de monitoramento - analisando com que frequência os participantes tomavam seus medicamentos diários - e aconselhamento - principalmente entre aqueles com menor taxa de "aderência" -, a prevenção preveniu qualquer infecção de HIV entre os pacientes que receberam antirretrovirais durante um período de aproximadamente um ano.

"Nossa pesquisa mostra que a PrEP pode ser extremamente efetiva na prevenção da infecção pelo HIV quando a dose diária de aderência é alta", afirmou Jessica Haberer, do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, principal autora do artigo que descreve a experiência. "Estudos anteriores sobre PrEP mostraram uma variação considerável na eficácia, variando desde 75% até nenhum efeito. Pensamos que níveis diferentes de aderência nesses testes explicam as diferenças nos resultados, uma hipótese apoiada por esse novo estudo."

Os cientistas acreditam que a profilaxia pré-exposição consegue fornecer uma importante proteção adicional contra a infecção pelo HIV entre pessoas não infectadas que praticam sexo com parceiros portadores do vírus. O estudo é uma das etapas de um teste clínico conduzido entre julho de 2008 e julho de 2011 em nove locais no Quênia e em Uganda que envolveu 5 mil casais entre os quais uma pessoa estava infectada com HIV e a outra não. Os pacientes que não carregavam o vírus recebiam doses diárias de medicação oral.

Entre os 1.147 participantes da pesquisa que não portavam o vírus, 14 foram infectados durante o período. A equipe responsável pelo teste destaca a importância do comprometimento com o tratamento - a chamada aderência -, considerada fundamental para prevenir a transmissão do vírus.

Foto: AFP
Fonte: Terra
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