Tutancâmon usava bengala e teve pênis embalsamado a 90 graus
Os pais do rei egípcio eram irmãos - o que teria causado problemas genéticos e disfunções hormonais
Em um dos estudos mais profundos sobre Tutancâmon, cientistas europeus e africanos conseguiram recriar a imagem do rei egípcio através de mais de 2 mil escâneres e autópsias virtuais. Segundo as análises genéticas, Tutancâmon tinha dentes tortos, quadril de mulher e uma deficiência na perna que o fazia mancar. As informações são do Daily Mail.
Pelo mapeamento genético, os cientistas conseguiram descobrir que os pais de Tutancâmon eram irmãos – por isso, ele apresentava diversos problemas hereditários, o que pode ter causado sua morte.
O estudo mostrou, por exemplo, que a versão de que Tutancâmon teria morrido durante uma violenta corrida de bigas - carros de guerra de duas rodas puxados por cavalos -, é muito improvável, senão impossível. Afinal, se o rei egípcio precisava da ajuda de uma bengala apenas para caminhar, tamanha a dificuldade de se equilibrar sobre as pernas malformadas, equilibrar-se sobre uma charrete de guerra puxada em alta velocidade seria fisicamente impossível.
Ainda de acordo com o estudo, o rei sofria de distúrbios hormonais, o que teria causado o quadril largo, por exemplo, e a morte prematura durante a juventude. O radiologista egípcio Ashraf Selim disse que as autópsias virtuais mostram que “os dedos do pé eram divergentes, ou seja, tortos”. Também foi encontrada uma fratura no joelho que pode ter infeccionado e causado sua morte em 1323 a.C.
Algumas revelações curiosas sobre sua mumificação também foram feitas pelos cientistas: o rei teve o pênis embalsamado a 90 graus (como se estivesse ereto), estava coberto por um líquido preto e teve o coração retirado para que as pessoas pensassem que fosse um deus – inspirado em Osíris, como explicou o professor Salima Ikram, da Universidade Americana do Cairo. Em seu sarcófago, foram encontradas 130 bengalas – que teria usado ao longo da vida para andar.
As descobertas foram reveladas em um documentário da BBC One chamado “Tutankhamun: The Truth Uncovered”.