O Instituto de Preservação do Bolikhamxay, no Laos, divulgou nesta quinta-feira imagens de um raríssimo saola conhecido popularmente como unicórnio apesar de ter dois chifres. O nome popular se deve ao fato de que ele é tão difícil de ser visto que é quase uma lenda. O animal nunca foi visto ao vivo por especialistas em conservação da natureza e o último avistamento confirmado foi realizado graças a armadilhas fotográficas em 1999. Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o animal enfraqueceu devido ao período em cativeiro e morreu pouco após a chegada de uma equipe internacional de biólogos.
Biólogos afirmam que o saola é semelhante ao antílope da África do Norte, mas é mais próximo geneticamente do gado selvagem. O animal consta na lista dos criticamente ameaçados de extinção no mundo e cientistas calculam que existam apenas poucas centenas na natureza.
Como não exisste nenhum indivíduo da espécie em jardins zoológicos pelo mundo, quase nada se sabe sobre como mantê-los em cativeiro. Segundo os pesquisadores, se a espécie desaparecer da natureza, eles serão definitivamente extintos.
O animal foi encontrado e capturado por moradores da província de Bolikhamxay, no centro do país, no final de agosto. O governo do Laos divulgou a captura e causou interesse de organizações como a IUCN e Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS, também na sigla em inglês).
Filhote negro de leopardo de Amur passa por exames médicos no zoo de Hodenhagen
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Segundo informações da agência EFE, este tipo de leopardo, de pele negra, é extremamente raro
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A espécie está ameaçada de extinção, restam somente cerca de 35 exemplares que vivem na natureza
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Os leopardos com a pelagem negra são conhecidos como melanísticos, termo que deriva da palavra "melanina", um pigmento colorido escuro da pele e do cabelo
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O felino habita as florestas da Rússia, China e Coréia do Norte, mas a caça ilegal, o desmatamento e outras atividades humanas limitaram seu habitat a uma área de 400 mil hectares nas florestas ao redor do lago Jasan, em Primorie, informou a WWF
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O filhote negro de leopardo de Amur chamado Exame chamou a atenção no zoo
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Leopardos com a pelagem negra são mais comuns em florestas densas do Sudeste Asiático
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Eles constituem uma variação individual e não são uma espécie ou subespécie distinta
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Segundo informação da organização WWF, acredita-se que a coloração escura seja uma camuflagem perfeita no interior das florestas em condições onde há pouca luz solar, o que pode ser uma grande vantagem na hora da caça
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A WWF afirma que iniciativas de preservação do habitat podem salvar a espécie
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A espécie aparece na Lista Vermelha da União Internacional da Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) como "criticamente ameaçado"