Pinturas famosas ficam "sem árvores" para chamar a atenção para o desmatamento
Pesquisador retirou árvores de grande obras para alertar sobre desmatamentoImagens: reproduçãoCansado de alertar sobre o problema causado pelo desmatamento através de imagens de satélite, o pesquisador Iain Woodhouse, da Universidade de Edimburgo, descobriu uma maneira mais interessante de atrair olhares para o seu objeto de estudo: recriando grandes obras de pintores do século 19.Oliveiras com o Céu Amarelo e o Sol, Van Gogh, 1889Assim, em conjunto com a artista Alice Ladenburg , ele retirou, com o auxílio de um editor de imagens virtuais, as árvores dos originais "Oliveiras com o Céu Amarelo e o Sol", de Van Gogh, "A Carroça de Feno", de Constable, e "Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte", de Seurat.Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte, Seurat, 1884Woodhouse acredita que a melhor forma de representar a perda de algo é justamente pela ausência, especialmente em um continente onde o desmatamento em larga escala é fruto de séculos e não de décadas como no Brasil. "Não é fácil chamar a atenção do observador para algo que não está lá", declarou ele à Folha de S.Paulo.A Carroça de Feno, Constable, 1821O pesquisador também é responsável por outros projetos criativos voltados à conservação ambiental. Ao plantar árvores com crianças no Maláui, na África, ele as estimula a nomeá-las. De acordo com ele, a nomeação cria uma proximidade entre as plantas e as crianças, que criam um vínculo afetivo com elas e passam a cuidar frequentemente do vegetal.