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Por que a função soneca dos despertadores se repete a cada 9 minutos

Uma das explicações é que alarmes dos relógios despertadores foram, de forma arbitrária, programados para repetir o toque nesse intervalo; com evolução da tecnologia, alguns aparelhos digitais mantiveram o padrão.

1 abr 2018 - 07h12
(atualizado às 11h17)
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Os alarmes dos relógios despertadores foram inicialmente programados, de forma arbitrária, para repetir o toque em nove minutos
Os alarmes dos relógios despertadores foram inicialmente programados, de forma arbitrária, para repetir o toque em nove minutos
Foto: Thinkstock / BBC News Brasil

Quando o despertador toca, as pessoas que apertam a função soneca, normalmente, pensam que vão ter mais 10 minutos na cama. Mas o que pouca gente sabe é que podem ganhar apenas nove minutos para dormir mais um pouquinho.

Mas por que nove? Há quem diga que, para responder isso, é preciso voltar aos anos 1950, quando foi criada a função que permite repetir o toque do alarme.

Uma das explicações indica que, inicialmente, as engrenagens dos relógios estavam padronizadas para ciclos de dez minutos. Mas, para que a função funcionasse sem que os relógios perdessem a sincronia, o ciclo de repetição do alarme deveria ser maior ou menor que dez minutos.

Fabricantes determinaram que nove minutos seria o tempo indicado para a função. Apesar de arbitrária, a decisão levanta algumas hipóteses.

Especialistas dizem que, aos dez minutos, a pessoa entra na etapa mais profunda do sono e, assim, acaba sendo menor a probabilidade de despertarem com o alarme.

Outra hipótese é que dez minutos simbolizam uma barreira psicológica. Era mais fácil vender um intervalo mais curto, já que os usuários podiam dizer a si mesmos que a nova função do despertador não iria afetar sua pontualidade matutina.

Com os usuários normalmente demoram alguns segundos para reagir e apertar o botão, acredita-se que pouca gente percebe que a repetição padrão aconteça em menos de dez minutos.

Quando os primeiros relógios digitais chegaram ao mercado, a hora era indicada por cartões numéricos que variavam de zero a nove. E a função soneca foi colocada na coluna dos minutos, para que fosse usado um único dígito.

Os nove minutos de intervalo entre um toque do alarme e o outro acabaram sendo adotados como padrão. Com a evolução da tecnologia, os smartphones também passaram a oferecer alarmes e a função soneca.

Alguns modelos, como o iPhone, da Apple, mantiveram esse padrão. Outros, como o Google e Microsoft, com o Android e Windows Phone, respectivamente, não adotaram a numeração - ainda que o número de minutos a mais possa ser ajustado.

Pouco recomendado

Apesar de tentador, acionar o modo soneca não é recomendado para quem quer manter a qualidade do sono. Segundo especialistas, ele não necessariamente permite um descanso extra. O efeito pode ser o contrário.

Ao fazer com o alarme toque novamente dali a alguns minutos, estamos reajustando o ciclo do sono no cérebro repetidas vezes e isso pode alterar o estado conhecido como inércia do sono. É possível que, no segundo ou terceiro alarme, em vez de se reduzir a sensação de cansaço, ela tenha aumentado.

Por isso, especialistas concordam que é melhor programar o despertador para a hora que devemos acordar, em vez de perder a qualidade do sono nos (talvez nove) minutos entre a primeira vez e a vez seguinte que o alarme toca.

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