Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Por que bocejar é contagioso - e como essa resposta pode ajudar a tratar outras doenças

Cientistas identificaram uma parte do cérebro que estimula que outros bocejem.

10 set 2017 - 17h31
Compartilhar
Exibir comentários
Bebê bocejando
Bebê bocejando
Foto: BBC News Brasil

Você deve estar bocejando só de ler isto - realmente o bocejo é contagioso. Agora, pesquisadores têm observado o que acontece no nosso cérebro para estimular tal resposta.

Uma equipe da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, descobriu que isso ocorre em uma parte do cérebro responsável pela função motora. O chamado córtex motor primário também tem influência sobre males como a síndrome de Tourette, um transtorno neuropsiquiátrico.

Assim, os cientistas dizem que entender o bocejo contagioso também pode ajudar a entender esses transtornos.

O bocejo contagioso é uma forma comum do chamado "fenômeno de eco" - uma imitação automática da fala ou ação de alguém.

O fenômeno também é percebido na síndrome de Tourette, assim como em outras condições, incluindo a epilepsia e o autismo.

  • O aplicativo que pode detectar sintomas iniciais do câncer pancreático
  • Os voluntários que se arriscam salvando vidas na 'rodovia da morte'

Para testar o que está acontecendo no cérebro durante o fenômeno, cientistas monitoraram 36 voluntários enquanto eles assistiam a outros bocejando.

'Excitabilidade'

No estudo, publicado no periódico científico Current Biology, alguns voluntários receberam a orientação de bocejar se sentissem vontade, enquanto outros tinham que controlar o ímpeto.

A vontade de bocejar era a forma como o córtex motor primário de cada pessoa funcionava - sua "excitabilidade".

E, usando estimulação magnética transcraniana externa (EMT), também foi possível aumentar a "excitabilidade" no córtex motor e, portanto, a propensão das pessoas para bocejos contagiosos.

EMT
EMT
Foto: BBC News Brasil

Georgina Jackson, professora de neuropsicologia cognitiva que participou do estudo, disse que a descoberta poderia ter usos mais amplos: "No Tourette, se pudéssemos reduzir essa 'excitabilidade', poderíamos reduzir os tiques, e é nisso que estamos trabalhando".

O professor Stephen Jackson, que também fez parte da pesquisa, acrescentou: "Se pudermos entender como alterações na excitabilidade cortical dão origem a distúrbios neurais, possivelmente poderemos revertê-los".

"Estamos buscando possíveis tratamentos que não sejam drogas, usando EMT, que pode ser eficiente em modular desequilíbrios nas redes cerebrais".

  • 5 coisas sem precedentes que a monarquia britânica fez após a morte da princesa Diana, há 20 anos

Andrew Gallup, psicólogo da Universidade Estadual de Nova York, realizou uma pesquisa sobre a conexão entre a empatia e o bocejo, disse que usar a EMT seria uma "nova abordagem" para o estudo do bocejo contagioso.

E acrescentou: "Ainda sabemos pouco sobre o bocejo. Vários estudos propuseram relações entre o bocejo contagioso e a empatia, embora as pesquisas que sugiram que essa conexão ainda sejam inconsistentes".

BBC News Brasil BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade