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Rara síndrome do sotaque estrangeiro atinge mulher após acidente de carro

Leanne Rowe nunca esteve na França, mas depois de um sério traumatismo craniano passou a falar com forte - e involuntário - sotaque francês

17 jun 2013 - 10h40
(atualizado às 11h01)
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Depois de sofrer um grave acidente de carro, uma australiana acordou falando com sotaque francês - mesmo sem nunca ter ido à França -, o que a deixa ansiosa, deprimida e com vergonha de se pronunciar em público. Leanne Rowe sofreu um sério traumatismo craniano em uma colisão de trânsito há oito anos, o que a deixou com parte da coluna e a mandíbula quebradas. Desde então, ela passou a sofrer com a síndrome do sotaque estrangeiro, uma condição raríssima em que o paciente fala sua língua nativa com sotaque de outro país contra a própria vontade. As informações são do Mirror Online.

O que define uma doença como rara?

"Lentamente, enquanto minha mandíbula começava a se recuperar, disseram que eu estava enrolando as palavras porque estava sob efeito de comprimidos muito fortes", afirmou ela à Australian Broadcasting Corporation (ABC). "Hoje isso me deixa com muita raiva porque sou australiana. Não sou francesa, apesar de não ter nada contra eles", afirmou a mulher, natural da Tasmânia.

Durante a recuperação, enquanto sua capacidade vocal começava a melhorar, Leanne descobriu que as palavras balbuciadas por ela começaram a soar como se ditas por um francês - e é com esse sotaque que ela tem falado desde então. A condição deixou a australiana em uma espécie de reclusão, já que ela evita o contato com outras pessoas e pede para a filha falar por ela em público. "Prefiro a noite porque é mais pacífica, não tem muita gente por perto", revelou.

O médico responsável por cuidar dela, Robert Newton, acredita que Leanne é apenas o segundo caso na história da Austrália de alguém que sofre com a síndrome do sotaque estrangeiro. "Ela tinha um sotaque australiano normal durante todo o tempo que a conheci (antes do acidente, enquanto cuidava da família). Ela cursou francês na escola, mas nunca esteve na França, não tem nenhum amigo francês", disse o médico à ABC.

Acredita-se que apenas 60 pessoas em todo o mundo sofram com a síndrome do sotaque estrangeiro, que está ligada a danos na parte do cérebro que controla a fala. O primeiro caso conhecido foi registrado em 1907.

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Fonte: Terra
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