Raríssima jararaca nasce com duas cabeças no Rio de Janeiro
No Instituto Vital Brazil, nasceu um filhote de jararaca com duas cabeças. Este é um caso raríssimo de bicefalia, registrado uma vez a cada 100 mil nascimentos
No estado do Rio de Janeiro, uma jararaca da espécie Bothrops jararaca deu à luz a um raríssimo filhote de duas cabeças. Este fenômeno é conhecido cientificamente como bicefalia. Segundo o Instituto Vital Brazil (IVB), local onde a serpente nasceu, casos do tipo ocorrem uma vez a cada 100 mil nascimentos.
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Infelizmente, o filhote de jararaca com duas cabeças nasceu morto, o que é algo relativamente comum quando se analisa os casos de bicefalia. No entanto, o espécime será preservado na Coleção Científica do IVB, através da qual cientistas do instituto poderão estudá-lo.
Embora seja difícil que animais com essas características sobrevivam ao nascimento e se mantenham ativos, existem alguns relatos do fenômeno. Este é o caso da tartaruga de duas cabeças, com 25 anos, que vive no Museu de História Natural de Genebra (Suíça). Outro raro exemplo é uma serpente-comedora-de-ovos-marrom (Dasypeltis inornata), da África do Sul.
Estudos científicos com a jararaca de duas cabeças
Voltando para a jararaca de duas cabeças e o caso mais recente do IVB, o biólogo Breno Hamdan explica que "este espécime pode gerar conhecimentos importantes em teratologia, que é a área da ciência que se dedica ao estudo das anomalias e malformações ligadas ao desenvolvimento embrionário". Inclusive, as descobertas podem ampliar a compreensão de fenômenos que afetam também a saúde humana.
Além da questão das anomalias, o exemplar poderá ser usado em estudos que buscam compreender o impacto da genética e do ambiente na formação de organismos. Estas questões podem estar descritas nas escamas encontradas nas duas cabeças da jararaca, mas precisam ser lidas e analisadas.
"Como a bicefalia ocorre quando dois gêmeos monozigóticos — que provém do mesmo zigoto, a primeira célula formada pela fusão do espermatozóide com o óvulo materno — não conseguem se separar durante o desenvolvimento do embrião, o esperado é que as escamas sejam idênticas", pontua o especialista Hamdan sobre o que seria o padrão de identificação.
No entanto, é possível que existam diferenças entre as escamas. Neste cenário, a equipe pode concluir que existem indícios de que "a formação das escamas sofreu influência epigenética, isto é, sofreu influência do ambiente", acrescenta o biólogo. Como os eventos de bicefalia são raros, muitas questões, como esta, são difíceis de serem respondidas e cada novo espécime é importante para que se monte o quebra-cabeça por trás desses fenômenos.
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