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Robô da Nasa encontra possíveis sinais de fósseis em Marte

Perseverance explorou antigas rochas marcianas

15 dez 2023 - 16h09
(atualizado às 16h15)
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O robô Perseverance, da Nasa, encontrou vestígios ligados à possível presença de fósseis nas rochas marcianas, há muito tempo foram cobertas pelas águas de um lago, reconstruindo a história da bacia que existia bilhões de anos atrás dentro da cratera Jezero.

O explorador de seis rodas, que recentemente comemorou mil dias em Marte, coletou um total de 23 amostras, concluindo assim a exploração do antigo delta do rio conectado ao lago, como foi anunciado na conferência da União de Geofísicos Americanos, em San Francisco, nos Estados Unidos.

As amostras coletadas, preservadas em tubos metálicos especiais, deverão ser trazidas de volta à Terra por uma missão conjunta da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA).

"Escolhemos a cratera Jezero como local de pouso porque o lago que um dia o preenchia era um ambiente potencialmente habitável, e as rochas do delta do rio são um excelente local para procurar sinais de vida antiga, como fósseis", comentou Ken Farley, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

A história começou há quase 4 bilhões de anos, quando o impacto de um asteroide formou a cratera Jezero. Centenas de milhões de anos depois, areia e lama indicam a chegada do primeiro rio, com pedras ricas em sal que revelam o nascimento de um lago raso.

De acordo com os dados coletados, o lago teria crescido até atingir 35 quilômetros de diâmetro e 30 metros de profundidade.

Uma das amostras de rocha retiradas pelo Perseverance contém grandes quantidades de sílica, um material conhecido por suas propriedades de preservação para fósseis, pelo menos na Terra.

Outra amostra contém fosfato, uma molécula fundamental para a vida como a conhecemos.

Ambas as amostras também são ricas em carbonato, um mineral que se forma em ambientes aquáticos e favorece a preservação de possíveis moléculas orgânicas.

"É o tipo de ambiente onde, na Terra, os restos da vida antiga poderiam ser preservados e depois encontrados", disse Morgan Cable, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

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Ansa - Brasil
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