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Saiba como diferentes tipos de amor afetam o cérebro

Uma pesquisa realizada na Finlândia estudou reações neurológicas e comportamento psicológico de 55 participantes

1 set 2024 - 09h35
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Cientistas finlandeses realizaram um estudo que revelou que o amor atua de forma distinta no cérebro, dependendo da sua vertente, seja pelo parceiro, filhos, amigos, desconhecidos, animais de estimação ou pela natureza. Mais do que simplesmente sentir, este é um processo neurológico complexo que envolve diversas áreas cerebrais.

O cérebro reage de maneiras diferentes aos tipos de amor
O cérebro reage de maneiras diferentes aos tipos de amor
Foto: Canva / Perfil Brasil

O estudo, publicado na revista científica Córtex Cerebral, envolveu 55 participantes que já tinham experiência parental e estavam em relacionamentos amorosos. Eles ouviram histórias curtas sobre diferentes tipos de amor, enquanto suas atividades cerebrais eram mapeadas por ressonância magnética funcional (fMRI). O objetivo era identificar quais áreas do cérebro eram ativadas por cada tipo de amor explorado.

De acordo com os cientistas, o amor pelos filhos se destacou, gerando a maior atividade cerebral dentre os tipos analisados. Esse tipo ativou intensamente o sistema de recompensa do cérebro, especialmente na área do estriado, o que não foi observado com outros tipos.

Pärttyli Rinne, filósofo e pesquisador líder do estudo na Universidade Aalto, na Finlândia, esclareceu em entrevista ao jornal O Globo que "no amor parental, a profundidade da ativação no sistema de recompensa do cérebro é única".

Como os diferentes tipos de amor afetam o cérebro?

Os resultados do estudo destacam que este não é um sentimento homogêneo, mas sim uma experiência complexa que afeta diferentes partes do cérebro.

Além do amor paternal, o sentimento em relação a parceiros românticos também ativa áreas do cérebro ligadas ao prazer e à recompensa. No geral, os tipos de amor que estão relacionados a pessoas próximas, tendem a ativar mais partes cerebrais do que o compassivo por estranhos.

Quando o sentimento é relacionado a pessoas desconhecidas, o cérebro foca mais em cognição social. "O padrão de ativação é gerado em situações sociais nos gânglios da base, na linha média da testa, no precuneus e na junção temporoparietal nas laterais da parte de trás da cabeça", afirmou Rinne.

O amor pela natureza, por sua vez, é capaz de ativar áreas relacionadas à recompensa e ao visual no cérebro, mas não é capaz de estimular partes sociais. Já o amor por animais de estimação é distinto entre donos e não donos daquele pet, pois apenas o tutor tem as áreas sociais do cérebro ativadas.

"Ao olhar para o amor por animais de estimação e a atividade cerebral associada a ele, as áreas cerebrais associadas à sociabilidade revelam estatisticamente se a pessoa é ou não dona de um animal de estimação. Quando se trata de donos de animais de estimação, essas áreas são mais ativadas do que com não donos de animais de estimação", explicou Rinne.

Sobre o estudo

Este estudo é uma continuação das pesquisas anteriores do grupo, que haviam mapeado as experiências corporais associadas ao amor. As descobertas anteriores associaram as manifestações físicas mais intensas de amor aos relacionamentos mais próximos, como os de natureza parental e romântica.

Os pesquisadores sugerem que esta vivência é produto de fatores biológicos e culturais, ancorados em mecanismos neurobiológicos de apego. "A experiência do amor é moldada por fatores biológicos e culturais, originados de mecanismos neurobiológicos fundamentais de apego", concluiu a equipe científica.

Perfil Brasil
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