Sangue jovem ajuda na cicatrização de ossos quebrados
Pesquisa mostrou que sangue jovem repara fraturas ósseas mais rapidamente
Desde que os cientistas mostraram que poderiam reverter os sinais de envelhecimento em ratos velhos, tem havido um grande interesse no estudo do sangue jovem como um fator em potencial de rejuvenescimento. Apesar de essa hipótese ainda ser muito questionada por alguns cientistas, um novo estudo mostrou que o sangue jovem tem o poder de curar ossos quebrados mais rapidamente.
Segundo publicou a Nature Communications, o sangue de camundongos jovens circulando no sistema de ratos velhos com fraturas acelerou o processo de cicatrização, efeito que poderia ser usado também para ajudar em situações de transplante de medula óssea. Além disso, cientistas podem ter descoberto a molécula responsável por isso.
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A molécula em questão é uma proteína chamada beta-catenina, que já demonstrou ser essencial para consertar fraturas ósseas. Em alguns estágios de cicatrização, o nível dessa proteína precisa ser fortemente regulado. Isso porque o excesso pode comprometer células formadoras de ossos.
Normalmente, ossos quebrados demoram mais para cicatrizar em indivíduos mais velhos, mas os cientistas da Universidade de Duke quiseram entender melhor de que maneira a idade das células e a circulação afetam o processo de regeneração óssea. Para fazer isso, eles usaram uma técnica chamada parabiosis para ligar os sistemas circulatórios de dois ratos de diferentes idades, enquanto eles ainda estavam vivos.
Eles descobriram que os ossos fraturados em ratos mais velhos eram curados muito mais rápido quando na sua circulação tinha o sangue de ratos jovens. Isso aconteceu, em parte, devido a uma redução de níveis de beta-catenina durante as fases iniciais da cicatrização.
Por outro lado, os ossos quebrados em ratos jovens eram curados mais lentamente quando havia sangue de ratos velhos na circulação. Além disso, o mesmo efeito foi observado quando ratos mais velhos receberam transplantes de medula óssea de ratos jovens.
Essas intrigantes descobertas desafiam a antiga crença de que a capacidade reparadora das células ósseas diminui ao longo do tempo; em vez disso, parece que a cicatrização óssea lenta em pessoas mais velhas é devido a fatores em nosso sangue.