Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Seca histórica do Rio Negro revela gravuras rupestres de 1.000 anos atrás

Desenhos serão analisados por especialistas para entender melhor comunidade indígena que viveu na região antes dos colonizadores portugueses

20 out 2023 - 17h12
(atualizado às 17h19)
Compartilhar
Exibir comentários
Gravuras históricas foram reveladas após seca do Rio Negro
Gravuras históricas foram reveladas após seca do Rio Negro
Foto: Reprodução/Facebook/Valter Calheiros

O nível de água no Rio Negro atingiu o ponto mais baixo em pelo menos 121 anos este mês. A tragédia no ecossistema do Norte do Brasil chegou a revelar registros de antepassados que habitaram a região. O porto de Manaus, localizada onde o Rio Negro encontra o Rio Amazonas, registrou um nível de água de 13,59 metros.

A altura representa o nível mais baixo desde que os registros começaram a ser feitos em 1902, superando o menor nível de todos os tempos anterior, registrado em 2010.

A seca extrema revelou imagens rupestres de indígenas que habitaram a Amazônia séculos antes da invasão de colonizadores portugueses. A descoberta poderá ajudar pesquisadores a entenderem mais sobre os povos que viveram na região de Manais entre 1.000 e 2.000 anos atrás.

"Gravuras rupestres no sítio arqueológico Lajes em 12 de outubro de 2023 no Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, oportunidade para colocarmos o patrimônio arqueológico da cidade de Manaus em discussão", escreveu o fotógrafo Valter Calheiros nas redes sociais.

O sítio arqueológico Lajes já era de conhecimento dos arqueólogos desde a década de 1960; mas a queda do nível rio revelou imagens até então desconhecidas, ressaltou reportagem do Uol sobre este tema. 

Helena Pinto Lima, doutora em arqueologia pela USP e pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, em entrevista ao Uol, afirmou que a última vez que as gravuras e feições ficaram visíveis foi na seca de 2010. 

Mas que, desta vez, mais imagens ficaram visíveis, contendo polidores, cúpulas e gravuras.

Carlos Augusto da Silva, professor da Ufam, irá analisar e fazer a descrição das gravuras, que, segundo ele, "são símbolos históricos antigos em que os povos utilizavam as rochas para registrar seus comportamentos sociais". 

"Também pode refletir que é possível que os registros representem comportamento socioambiental humanizado, em que a água, a terra e a floresta eram como irmãos. Havia zelo pela vida", disse ao Uol 

Fonte: Redação Byte
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade