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SP procura voluntários para testes de vacina da dengue

10 abr 2014 - 08h58
(atualizado às 09h02)
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A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Butantan procuram nove voluntários para a primeira etapa de testes clínicos em humanos da vacina brasileira contra a dengue. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, desde outubro de 2013, início dos testes, já foram vacinados e acompanhados no Hospital das Clínicas 41 voluntários neste projeto. A vacina foi desenvolvida pelo Butantan em parceria com o National Institutes of Health (EUA).

Segundo o governo, podem participar desta etapa pessoas saudáveis com idade entre 18 e 59 anos, residentes no município de São Paulo e Grande São Paulo, que nunca tiveram dengue. A segunda etapa, prevista para junho de 2014, deverá recrutar mais 250 voluntários com ou sem infecção prévia pelo vírus da dengue.

Todos os 300 participantes serão acompanhados por uma equipe multidisciplinar durante 5 anos, clínica e laboratorialmente, para avaliar 1 vez ao ano a resposta imunológica dos participantes.  "A contribuição de voluntários comprometidos com a evolução da ciência e da saúde pública é fundamental nesta fase de testes em humanos. Trata-se de uma contribuição social valiosa para que, no futuro, possamos ter uma vacina de qualidade indubitável", afirma Esper Kallas, professor associado de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da USP e coordenador deste projeto no Hospital das Clínicas.

A vacina é composta pelos quatro tipos de vírus da dengue, vivos, mas enfraquecidos, capazes de produzir anticorpos que podem proteger a pessoa contra a doença. Os interessados em participar dos testes devem ligar para o Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital das Clínicas FMUSP nos números 2661-3344 ou 2661-7214 ou enviar um e-mail para vacinadengue@usp.br.

Morte em SP

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo divulgou na segunda-feira o primeiro caso de morte por dengue na cidade em 2014. A vítima foi uma criança de 6 anos. Segundo a secretaria, ela foi levada ao Pronto-Socorro Municipal João Catarin Mezomo (Lapa) em 31 de março, quando estava com febre havia cinco dias, além de vômito e dor abdominal. O menino foi encaminhado à UTI do Hospital Universitário da USP em 1º de abril. No dia seguinte, a criança morreu.

Desde o começo do ano, os registros de casos da doença cresceram 15,4% na cidade de São Paulo em comparação com o mesmo período do ano passado, com um total de 1.166 casos notificados pelas unidades de saúde.

Segundo as autoridades, os números correspondem a 10,4 casos a cada 100 mil habitantes, o que é considerado baixa incidência pelo Ministério da Saúde, diz a Secretaria Municipal da Saúde. Ao longo de todo o ano passado, foram notificados 2.617 casos e índice de 23,2 a cada 100 mil habitantes. 

O aumento na incidência de casos de dengue em bairros da zona oeste e em áreas localizadas em Osasco, município vizinho, levaram as duas cidades a iniciar hoje um trabalho conjunto de combate aos criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.

A ação está sendo executada por cerca de 60 agentes de zoonoses distribuídos nos bairros do Jaguaré, no lado da capital, e Presidente Altino e Parque Continental, em Osasco. Além do recurso da nebulização (fumacê) para eliminação de possíveis criadouros de mosquitos, as equipes distribuirão coberturas para caixas d'água – uma tela fina para evitar a proliferação de larvas do mosquito. Segundo a prefeitura, trata-se de uma alternativa temporária enquanto o morador providencia a tampa definitiva.

Fonte: Terra
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