Subespécie de rinoceronte é extinta; 25% dos mamíferos em risco
10 nov2011 - 11h15
(atualizado às 13h13)
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A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira uma atualização da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. Com a renovação do banco de dados, a subespécie de rinoceronte-negro-do-oeste (Diceros bicornis longipes) é oficialmente considerada extinta. Além disso, outra duas subespécies do animal estão "provavelmente extintas", segundo a organização. De acordo com o relatório, 25% dos mamíferos conhecidos estão em risco de extinção.
Segundo a IUCN, o rinoceronte-branco-do-norte (Ceratotherium simum cottoni) - da região central da África - e o rinoceronte-de-Java (mais exatamente a subespécie Rhinoceros sondaicus annamiticus) estão provavelmente extintos. O último animal da subespécie certamente foi morto em 2010 no Vietnã, afirma a organização. No final de outubro, outra organização, a WWF, afirmou que já considerava o rinoceronte-de-Java extinto.
O rinoceronte negro do oeste vivia no oeste africano. A IUCN afirma que uma expedição em 2006 falhou em encontrar algum exemplar do animal, mas descobriu diversos indícios de caça à subespécie. Entre as causas do desaparecimento estão a caça pelo chifre e a falta de política de conservação.
"Os seres humanos são os administradores da Terra e são responsáveis por proteger as espécies que dividem nosso ambiente", diz Simon Stuart, da Comissão de Sobrevivência de Espécies da IUCN, em comunicado da organização. "No caso do rinoceronte negro do oeste e do rinoceronte branco do norte os resultados poderiam ser bem diferentes se as sugestões de medidas de conservação fossem implementadas. Essas medidas devem ser fortalecidas agora, especialmente manejando habitats em ordem de prover reprodução, prevenindo que outros rinocerontes acabem extintos."
A população do lobo mexicano cinzento é tão pequena que o nascimento de 5 filhotes em julho de 2010 foi considerado um "impacto dramático" pelo Centro de Lobos Ameaçados, em St. Louis, nos Estados Unidos. Segundo a instituição, apenas 42 desses animais vivem hoje no seu habitat natural no Novo México e Arizona. A espécie já foi considerada extinta
Foto: Divulgação
O raríssimo Loris delgado das planícies Horton (Loris tardigradus nycticeboides) passou mais de 60 anos tido como extinto. Em 2002, a Sociedade Zoológica de Londres encontrou o primata após mais de 200 horas analisando os rastros do animal no Sri Lanka
Foto: AP
O rato arbóreo de Santa Marta (Santamartamys rufodorsalis) foi "redescoberto" em 4 de maio de 2011, após mais de 100 anos sem ser visto na Colômbia
Foto: EFE
Um tipo de roedor chamado Laonastes, parecido com um esquilo e descoberto em 2005 no Laos, é, na verdade, sobrevivente de uma espécie tida como extinta há 11 milhões de anos (denominada Diatomyidae). Uma equipe de pesquisadores americanos, franceses e chineses comparou o esqueleto deste animal com o de vários espécimes fossilizados de uma raça de roedor do Sudeste Asiático extinta há 11 milhões de anos, confirmando que se trata da mesma família de mamíferos
Foto: AP
A espécie de rã minúscula Litoria castanea, supostamente extinta há três décadas, foi vista no sudeste da Austrália em fevereiro de 2010. O animal tem coloração verde com manchas em tons de dourado
Foto: AP
Pesquisadores da universidade de Idaho, nos Estados Unidos, encontraram em março de 2010 uma espécie de minhoca considerada extinta: a gigante de Palouse
Foto: University of Idaho / Divulgação
Contudo, a descoberta também teve um lado decepcionante, já que eles descobriram que a minhoca, apesar do nome, não é gigante, nem cheira a lírios, conforme se dizia sobre a espécie. Uma das minhocas encontradas teve que ser morta e dissecada para a identificação como sendo da espécie
Foto: University of Idaho / Divulgação
O peixe primitivo Celacanto era tido como extinto juntamente com os dinossauros há 65 milhões de anos. Porém, o curador de um museu sul-africano "redescobriu" o animal em 1938. Existem apenas duas espécies de Celacantos: uma que vive perto das Ilhas Comoros, na África; e uma encontrada nas águas de Sulawesi, na Indonésia. Cientistas sugerem que a população atual do animal esteja em mil remanescentes
Foto: AFP
A subespécie Panthera leo Leo encontra-se extinta na natureza e só pode ser encontrada em zoológicos
Foto: AFP
A subespécie, conhecida como leão do Atlas, foi extinta no século XX, e apenas um pequeno grupo no Zoológico Nacional do Marrocos sobreviveu
Foto: EFE
Dois filhotes de leão do Atlas são apresentados no zoológico de Hannover, na Alemanha
Foto: AFP
A reprodução controlada dos leões do Atlas, também conhecidos como leões berberes ou de Barbary, salvou a subespécie da total extinção e alguns indivíduos foram levados à Europa para aumentar a população
Foto: AFP
O Panthera leo Leo é o maior e mais pesado dos leões
Foto: AFP
Além do tamanho, chama a atenção no macho a juba espessa que cobre uma área maior do corpo se comparado com outras subespécies
Foto: EFE
O pelo do leão do Atlas mais longo chega às pernas da frente e ao abdome