Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Supertelescópio registra imagens mais detalhadas já vistas da superfície do Sol

As estruturas, semelhantes a células, são aproximadamente do tamanho do Estado americano do Texas.

30 jan 2020 - 08h30
(atualizado às 11h05)
Compartilhar
Exibir comentários

Agora você pode contemplar o Sol em um nível de detalhe nunca visto antes.

Imagens mostram superfície incandescente do Sol como você nunca viu antes
Imagens mostram superfície incandescente do Sol como você nunca viu antes
Foto: NSF / BBC News Brasil

O Telescópio Solar Daniel K Inouye (DKIST, na sigla em inglês), no Havaí, registrou imagens que mostram pequenas estruturas da superfície solar, que medem pelo menos 30 km.

Um tamanho impressionante quando comparado com a escala do astro, que tem cerca de 1,4 milhão de km de diâmetro e está localizado a 149 milhões de km da Terra.

As estruturas, semelhantes a células, são aproximadamente do tamanho do Estado americano do Texas — e mostram a convecção (processo de transmissão de calor) de massas de gás quente ou plasma.

Os núcleos brilhantes são onde este material solar está em ascensão; as linhas escuras ao redor são onde o plasma está esfriando e afundando.

O DKIST é um novo observatório posicionado no topo do Haleakala, um vulcão de 3 mil metros de altura na ilha havaiana de Maui.

O espelho principal dele tem 4 m, sendo considerado o maior do mundo para um telescópio solar.

O telescópio será usado para estudar o funcionamento do Sol. Os cientistas querem entender a dinâmica do comportamento do astro, na esperança de poderem prever melhor suas explosões de energia e outras variáveis — o que costuma ser chamado de "clima espacial".

Sabe-se que as gigantescas emissões de partículas carregadas e seus campos magnéticos danificam os satélites na Terra, prejudicam os astronautas, interferem nas comunicações de rádio e até interrompem as redes elétricas.

"Na Terra, podemos prever se vai chover com muita precisão em qualquer lugar do mundo, e com o clima espacial ainda não é assim", explica Matt Mountain, presidente da Associação de Universidades para Pesquisas Astronômicas, que administra o DKIST.

"Nossas previsões estão atrasadas 50 anos em relação ao clima terrestre, se não mais. O que precisamos é compreender a física subjacente ao clima espacial, e isso começa no Sol, que é o que o Telescópio Solar Inouye vai estudar nas próximas décadas."

O DKIST é um complemento magnífico para a sonda Solar Orbiter (SolO), que vai ser lançada na próxima semana a partir de Cabo Canaveral, na Flórida.

Esta sonda — uma parceria das agências espaciais europeia e americana — vai capturar as imagens mais de perto do Sol de todos os tempos, a apenas 42 milhões de quilômetros da superfície do astro.

Esta distância é mais próxima do Sol do que o planeta Mercúrio.

A SolO será capaz de capturar estruturas de pelo menos 70 km de diâmetro, mas detectará uma faixa muito maior de comprimentos de onda do que o DKIST e passará por mais níveis na atmosfera do Sol. A sonda também vai seguir uma rota que oferece uma visão sem precedentes das regiões polares.

"Temos planos conjuntos de observação do DKIST e da Solar Orbiter, o que será incrível", disse à BBC News Louise Harra, do Observatório Meteorológico Físico de Davos, na Suíça.

BBC News Brasil BBC News Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da BBC News Brasil.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade