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Temperatura global deve quebrar recordes em 2016

14 nov 2016 - 10h22
(atualizado às 11h48)
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É muito provável que 2016 seja o ano mais quente de todos os registrados
É muito provável que 2016 seja o ano mais quente de todos os registrados
Foto: iStock

A temperatura global muito provavelmente quebrará os recordes de calor em 2016, como já fez em 2015, segundo um relatório da Organização Meteorológica Mundial (WMO, sigla em inglês) apresentado nesta segunda-feira em Marrakech durante a cúpula climática.

"É muito provável que 2016 seja o ano mais quente de todos os registrados (...) com temperaturas que estarão 1,2ºC acima dos níveis pré-industriais" e 0,88ºC acima do período 1961-1990, afirma o relatório baseando-se nos dados recolhidos entre janeiro e setembro deste ano.

Entre os picos de calor nunca alcançados até essa data, o relatório cita os de Pretória - África do Sul (42,7ºC), Tailândia (44,6ºC), Phalodi - Índia (51ºC), Basra - Iraque (53,9ºC) e Mitribah - Kuwait (54ºC).

O aumento de temperaturas foi associado, além disso, a registros recorde em outros fenômenos como a diminuição do gelo ártico, os incêndios florestais, a diminuição da barreira de coral e o aumento de fenômenos extremos como os ciclones, os maremotos e as secas de grau severo, segundo as medições da WMO.

Não são só afirmações abstratas, já que o relatório cita fenômenos concretos registrados em 2016, como o furacão Matthew que destroçou o Haiti, as inundações do Yangtzé na China e o incêndio que assolou em maio Fort MacMurray em Alberta (Canadá), além do fenômeno do El Niño, particularmente virulento neste período 2015-16.

Entre as consequências humanas, as mais graves ocorreram no Haiti (540 mortos pelo ciclone), e pelas inundações na China e Sri Lanka (mais de 500 mortos), às quais é preciso somar os milhões de afetados pelos ciclones e tornados, e o deslocamento forçado de 14,7 milhões de pessoas por secas e inundações, principalmente no sudeste asiático.

A WMO propõe em seu relatório que o registro de temperaturas seja feito agora com valores semanais, para medir com mais precisão o impacto da mudança climática, algo necessário para que setores como a agricultura, a gestão de água, os planos energéticos e a saúde possam adaptar suas previsões mundiais.

EFE   
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