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Um dos criadores da bomba atômica, Richard Feynman morreu há 25 anos

O renomado pesquisador criticou o sistema de ensino de ciências no Brasil

15 fev 2013 - 10h56
(atualizado às 10h56)
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Richard Feynman no laboratório americano Fermilab
Richard Feynman no laboratório americano Fermilab
Foto: Fermilab / Divulgação

O físico americano Richard Feynman, ganhador do prêmio Nobel de Física em 1965, morreu há exatos 25 anos, em 15 de fevereiro de 1988. Um dos cientistas pioneiros no estudo da eletrodinâmica quântica, contribuiu ainda com áreas além da  física teórica: precursor da computação quântica, criou o conceito de nanotecnologia, concebendo a ideia de que não há obstáculos à construção de dispositivos muito pequenos. Ele também dissertou sobre os raios cósmicos.

Feynman foi agraciado com o Nobel por conta de uma pesquisa da transformação de um fóton em um elétron e um pósitron, assim como a descoberta de um método de medir as mudanças nas cargas e na massa. O físico trabalhou na teoria das interações fracas - uma das quatro interações fundamentais na natureza - na década de 1950, e pesquisou as interações fortes nos anos 1960 - trabalho em que aproveitou sua contribuição na criação de armas nucleares, entre 1942 e 1946.

Ele visitou o Brasil no início da década de 1950, onde lecionou no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, localizado no Rio de Janeiro. A partir da experiência no País, ele formulou críticas ao sistema de ensino de ciências no Brasil e, baseado nas falhas que observou nos alunos brasileiros durante o aprendizado, contestou o método de aprendizado que prioriza a memorização mecânica em vez do uso do raciocínio.

Em seu livro O sr. está brincando, Sr. Feynman - As estranhas aventuras de um físico excêntrico, lançado em 1985, ele relata sua passagem pelo Brasil e comenta sua participação no Projeto Manhattan, que produziu a primeira bomba atômica da história durante a Segunda Guerra Mundial. O físico trata ainda de assuntos mais leves, como sua fascinação por quebrar códigos, estudar várias línguas e se aventurar no mundo das artes e do samba. A obra teve mais de 500 mil cópias comercializadas.

Richard Feynman  estudou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e se pós-graduou no Instituto de Estudos Avançados de Princeton - que foi residência acadêmica de Albert Einstein -, e deu aulas na Universidade de Cornell e no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

Fonte: Terra
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