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Usina nuclear de Angra 1 sofreu vazamento de material radioativo em 2022

Segundo o jornal Globo, o vazamento do material radioativo ocorreu em setembro, na usina de Angra 1. A água contaminada foi liberada na Baía de Itaorna

23 mar 2023 - 19h12
(atualizado às 22h51)
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Houve liberação de água contaminada na Baía de Itaorna, em Angra dos Reis (RJ), após o vazamento de material radioativo da usina nuclear de Angra 1. Segundo documentos obtidos pelo jornal Globo, a Eletronuclear, estatal responsável pelo complexo de usinas nucleares brasileiras, informou o ocorrido aos órgãos de fiscalização somente 21 dias depois do ocorrido.

Segundo informações do veículo, registros indicam que o material radioativo foi lançado ao mar em 16 de setembro, mas o fato só foi informado às autoridades de fiscalização no dia 29 daquele mês. O incidente chegou ao conhecimento do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) por meio de uma denúncia anônima, e a instituição direcionou o relato ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Já no dia 30 de setembro, servidores do Ibama entraram em contato com funcionários da Eletronuclear, que negaram qualquer tipo de incidente. Ainda naquele dia, a Eletronuclear divulgou uma nota que dizia que houve um leve aumento nos níveis de radiação em uma das salas de trabalho da usina devido à água acumulada em um ralo.

Foto: Rodrigo Soldon/Flickr / Canaltech

O comunicado dizia que a água foi rapidamente drenada e contida no local. Contudo, três semanas depois, a versão apresentada à fiscalização foi alterada sem explicações. Já nos dias 7 e 11 de outubro, a Eletronuclear notificou o Ibama e CNEN, respectivamente, sobre o vazamento.

A empresa estima que cerca de 90 litros do material tenham escorrido para o mar, e alega que "um pequeno volume do material lesivo foi lançado de forma involuntária no sistema de águas pluviais". Ainda, a Eletronuclear afirma que o vazamento foi um "incidente operacional", que não exige o cumprimento das notificações que seriam obrigatórias em caso de um acidente nuclear.

Entretanto, a CNEN, o Ibama e o Ministério Público Federal observam demora na comunicação do vazamento às autoridades competentes, o que leva a dúvidas sobre os dados apresentados pela Eletronuclear. A empresa afirmou ao jornal que vai contestar os relatórios que declaram que houve atraso na comunicação do incidente já que, para a Eletronuclear, o vazamento foi tratado internamente como um incidente operacional registrado em relatórios regulares.

Fonte: Globo

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