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Vacina anti-Covid Sputnik V tem eficácia de 91,6%, mostra estudo

'The Lancet' publicou resultados sobre a fase 3 de testes

2 fev 2021 - 13h05
(atualizado às 13h17)
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A vacina anti-Covid Sputnik V, desenvolvida pelos russos do Instituto Gamaleya de Pesquisa em Microbiologia e Epidemiologia, apresentou 91,6% de eficácia na prevenção da doença, informou um estudo da revista científica "The Lancet" publicado nesta terça-feira (02). Para casos moderados e graves, a eficácia foi de 100%.

Sputnik V teve resultados de eficácia publicados por revista científica
Sputnik V teve resultados de eficácia publicados por revista científica
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O imunizante russo é apenas o quarto no mundo a ter os dados da fase 3 de testes sendo confirmados por cientistas independentes.

Antes dele, haviam sido publicadas informações sobre as vacinas da Universidade de Oxford/AstraZeneca, Pfizer/BioNTech e Moderna. Os números estão bastante em linha com os apresentados pelo próprio Gamaleya em dezembro do ano passado, que mostravam que o imunizante tinha 91,4% de eficácia.

A análise incluiu os resultados dos testes com 19.866 voluntários - foram 40 mil testados ao todo. Desses, 14.964 tomaram a Sputnik V e 4.902 receberam o placebo, sendo que no primeiro grupo houve 16 casos de Covid-19 e no segundo foram 62.

Outro ponto positivo do estudo foi o fato dele ter apresentado bons resultados também entre os idosos (60 anos ou mais). Nessa faixa etária, entre os 2.144 casos analisados, a eficácia foi de 91,8%.

A vacina ainda não apresentou nenhuma reação adversa grave entre os quase 20 mil participantes, sendo que as reações leves mais comuns foram dor no local de aplicação, dor de cabeça e fraqueza. Os dados continuarão a ser monitorados.

Assim como ocorre com todas as vacinas anti-Covid, os resultados finais só serão conhecidos quando as análises de todos os voluntários forem feitas. No caso da vacina russa, há ainda um novo estudo em andamento para verificar se ela potencializará ainda mais os resultados ao ser combinada com a AZD 1222, da Oxford/AstraZeneca.

A Sputnik V usa um método tradicional de produção de vacinas, com um adenovírus enfraquecido. Só que, diferente da britânica, o imunizante usa dois vetores diferentes, sendo um em cada dose - que devem ser aplicadas a cada 21 dias.

A vacina já vem sendo aplicada na Rússia desde agosto de 2020 e foi a primeira a ser liberada no mundo, em um ato que foi considerado político. Porém, se no início dos testes havia muita falta de transparência sobre o desenvolvimento da Sputnik V, isso ficou no passado - já que ela passou a ser monitorada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No território russo, ela está sendo usada em para vacinação em massa, assim como em outros países, como na Argentina e Hungria.

Na União Europeia, já foi solicitado o registro de uso emergencial na Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e há conversas entre Rússia e Alemanha para a produção das doses em uma fábrica alemã.

O imunizante foi desenvolvido pelo Gamaleya com o apoio dos Ministérios da Saúde e da Defesa da Rússia. Ela ainda é financiada pelo Fundo Russo para Investimentos Diretos (RDIF), que informou que há negociações para a venda com mais de 50 países. .

Ansa - Brasil
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