Vacina CoronaVac tem eficácia de 78% na prevenção da Covid
Confirmação dos números será feita nesta quinta-feira
A vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 desenvolvida pela Sinovac Biotech, CoronaVac, apresentou uma taxa de eficácia de 78% na prevenção da Covid-19, antecipam diversos veículos de comunicação nesta quinta-feira (07) com base em informações do governo do estado de São Paulo.
O imunizante apresentou ainda 100% de prevenção de casos graves e moderados da doença. Os números e mais detalhes serão confirmados em coletiva de imprensa do governo de São Paulo no início da tarde de hoje.
Com esses dados, o Instituto Butantan deve enviar o pedido de registro da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já que o planejamento do governo paulista é iniciar a imunização no dia 25 de janeiro. A taxa mínima de eficácia exigida pelo órgão é de 50%.
Atualmente, o estado já tem 10,1 milhões de doses já prontas para a aplicação, sendo a maior parte importada da China. O acordo com o Butantan, porém, inclui a transferência de tecnologia para a produção em território nacional.
No Brasil, a CoronaVac foi testada em 13 mil voluntários em sete estados diferentes. Os resultados deveriam ter sido divulgados em 15 de dezembro, foram adiados para o dia 23 de dezembro e adiados novamente para esta quinta-feira.
Segundo informações do governo e do Butantan, os adiamentos foram feitos porque os índices de eficácia foram muito diferentes entre o país e em outras nações que fizeram os testes.
A Turquia, por exemplo, anunciou que a taxa ficou em 91,25% nos estudos locais feitos com 1,3 mil voluntários.
Por ser produzida por um método tradicional, usando vírus inativado, a CoronaVac não precisa de cuidados especiais no armazenamento e transporte dos frascos, que podem ser estocados entre 2°C e 8°C, a temperatura de uma geladeira normal.
- Briga política:
A CoronaVac acabou ficando no meio de uma briga política entre o governador do estado de São Paulo, João Doria, e o presidente do país, Jair Bolsonaro.
Inclusive, na noite desta quarta-feira (06), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que a vacinação no país começaria "antes" do dia 25, já que o governo federal não quer que a primeira dose seja aplicada em São Paulo.
No entanto, a pressão feita por Doria acabou surtindo efeito - pois o governador anunciou o início da vacinação sem que se soubesse quando a vacina seria aprovada - e o governo federal começou a divulgar o plano de vacinação nacional e as medidas que estavam sendo tomada sobre vacinas de maneira mais ativa.
O Brasil ficou para trás no início da vacinação na comparação com os países desenvolvidos, da União Europeia e Estados Unidos, por exemplo, mas também em relação aos seus vizinhos: Argentina e Chile já estão vacinando desde o fim de dezembro. .