Cientista atualiza tamanho dos países no mapa-múndi; veja resultado
Neil Kaye, do Met Office, corrigiu as projeções de Mercator — que usamos nos livros e sala de aula
Aquela imagem clássica do mapa-múndi que conhecemos e estamos acostumados a ver nas salas de aula pode ter sido um pouco exagerada. Isso é o que mostra uma avaliação do cientista de dados climáticos do Met Office, Neil Kaye, que criou uma representação bidimensional de como o mundo realmente se parece.
A projeção de Mercator é a que normalmente se utiliza para mostrar um mapa pendurado em salas de aula e em livros didáticos e foi criada em 1596 para ajudar os marinheiros a navegar pelo mundo. No entanto, há uma distorção dos países da América do Norte.
Canadá, Rússia, Estados Unidos e a própria Groenlândia, por exemplo, são muito menores do que pensamos. As informações foram compartilhadas pelo Daily Mail.
Exagerado
Canadá e Rússia parecem ocupar aproximadamente 25% da superfície da Terra em um mapa-múndi, quando na realidade ocupam apenas 5%. A Austrália não parece ser muito maior que o Alasca, embora seja o sexto maior país do mundo — o país é 4,5 vezes maior que o Alasca.
Kaye mostrou a diferença usando informações do Met Office no Ggplot, um pacote de visualização de dados para programação estatística. Depois, criou o mapa final usando uma projeção estereográfica, uma função de mapeamento que projeta uma esfera em um plano.
Os resultados mostram uma África cerca de 14 vezes maior que a Groenlândia, apesar de no mapa-múndi usual ambas apresentarem quase o mesmo tamanho.
Ou então, um mais próximos de nós: o Brasil é mais de cinco vezes maior que o Alasca, mas o Alasca é maior que o Brasil no mapas mais comuns.