Cientistas criam "pele" que fornece sensibilidade aos robôs
Além de fornecer a habilidade de sensibilidade ao robô, a nova tecnologia também confere a capacidade de dobrar e enrugar, bem parecida com a pele humana
Na última quarta-feira (25), um estudo publicado na revista Scientific Reports apresentou uma novidade: uma "pele" que pode dar aos robôs uma espécie de sensibilidade ao toque. A ideia é permitir tarefas que podem ser difíceis para máquinas, como pegar um pedaço de fruta, por exemplo.
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Segundo os próprios pesquisadores relatam, o sensor também é macio ao toque, como a pele humana, o que ajuda a tornar as interações humanas mais seguras e realistas. A tecnologia permite que um braço protético ou robótico responda a estímulos táteis com destreza e precisão. Assim, o robô passa a segurar objetos frágeis sem esmagá-los ou deixá-los cair.
O estudo explica que o sensor é composto principalmente de borracha de silicone, o mesmo material usado para fazer muitos efeitos especiais de pele em filmes. O design também confere a capacidade de dobrar e enrugar, assim como a pele humana.
Na prática, esse sensor usa campos elétricos fracos para detectar objetos, mesmo à distância. Além disso, é flexível e pode detectar forças dentro e ao longo de sua superfície. A equipe escreve, no relatório, que "essa combinação única é fundamental para a adoção da tecnologia para robôs que estão em contato com pessoas".
A equipe da University of British Columbia desenvolveu a tecnologia em colaboração com a Frontier Robotics, instituto de pesquisa da Honda. Os pesquisadores defendem que esse novo sensor é simples de fabricar, o que facilita o dimensionamento para cobrir grandes áreas de superfície e fabricar grandes quantidades.
Robôs ganham sensibilidade ao toque
Mas não é a primeira vez que vemos algo com essa proposta. Em 2021, pesquisadores da Universidade Nacional de Singapura inventaram uma espuma que pode dar às máquinas a capacidade de "sentir" um objeto.
Por sua vez, em 2022, pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, desenvolveram uma pele artificial capaz de dar aos robôs a capacidade de sentir a temperatura e a pressão, além de poder identificar produtos químicos tóxicos com apenas um toque.
Já no início deste ano, cientistas criaram uma pele de hidrogel que pode fornecer sensibilidade de toque aos robôs, permitindo detectar as propriedades táteis dos objetos e reproduzindo artificialmente o sentido do tato humano. A novidade foi descrita em um estudo publicado na revista Materials Today Electronics.
Fonte: Scientific Reports
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