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Cientistas descobrem anticorpos "à prova de variantes" da covid-19

A equipe internacional de cientistas encontrou anticorpo que bloqueia infecção ao interferir no processo de mudança de forma do coronavírus

2 ago 2023 - 11h02
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Pesquisa descobriu que o E7 bloqueia mudança de forma que o vírus da covid-19 requer para infectar células
Pesquisa descobriu que o E7 bloqueia mudança de forma que o vírus da covid-19 requer para infectar células
Foto: Martin Sanchez/Unsplash

Pesquisadores encontraram um anticorpo que pode ser a chave para uma imunidade completa às variantes da covid-19. O estudo, colaboração internacional envolvendo instituições de Cingapura, Austrália e Estados Unidos, foi publicado na última quarta-feira (26) na revista Science Advances.

Na pesquisa, foram identificados seis novos anticorpos em pacientes que sobreviveram a uma infecção com o vírus Sars — "irmão mais velho" do coronavírus que se espalhou no início dos anos 2000 — e foram vacinados contra covid-19 com o imunizante da Pfizer, desenvolvido em parceria com a BioNTec.

São chamados de anticorpos monoclonais, que são produzidos pela clonagem de um único glóbulo branco que combate doenças. Todos apresentaram algum grau de proteção contra novas variantes.

O mais poderoso deles, chamado E7, neutraliza eficazmente até versões mais recentes do vírus da covid-19, como a Omicron XBB.1.16.

O novo anticorpo liga-se a duas proteínas do coronavírus ao mesmo tempo, impedindo seu uso enquanto o vírus tenta invadir uma célula. Assim, interfere no processo de mudança de forma do patógeno e bloqueia a infecção, segundo a equipe internacional de cientistas liderada pela Duke-NUS Medical School.

Além do E7, dois outros novos anticorpos, o F1 e F5, demonstraram alta potência contra 18 cepas de vírus similares ao coronavírus, incluindo o SARS original e variantes.

"“Este trabalho fornece evidências encorajadoras de que as vacinas pan-coronavírus são possíveis se elas puderem 'educar' o sistema imunológico humano da maneira certa”, disse o autor sênior do estudo, Wang Linfa, ao portal The Daily Mail.

Pesquisa recente publicada no Journal Science Advances revelou que um grupo de pesquisadores desenvolveu potentes anticorpos monoclonais a partir de um sobrevivente do coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV) vacinado com BNT162b2, que visam o domínio de ligação ao receptor (RBD) da enzima conversora de angiotensina 2 (huACE2) humana dependente de sarbecovírus.

Fatos

  • 🧫 Pesquisadores desenvolveram anticorpos monoclonais potentes a partir de um sobrevivente da SARS vacinado com BNT162b2.
  • 🦠 Os anticorpos alvejam o domínio de ligação ao receptor (RBD) da enzima conversora de angiotensina 2 (huACE2) humana dependente de sarbecovírus.
  • 🧪 O estudo investigou a neutralização de vários sarbecovírus.
  • 💉 O sobrevivente da SARS foi vacinado com BNT162b2 e produziu amplos anticorpos neutralizantes.
  • 🧬 Foram isolados e expressos in vitro 19 pares de fragmentos pesados e leves de anticorpos a partir de células B.
  • 🌍 Os anticorpos demonstraram atividade de neutralização de amplo espectro contra vários sarbecovírus.
  • 🦠 Os anticorpos também mantiveram atividade neutralizante contra variantes do SARS-CoV-2, incluindo as subvariantes Omicron BA.1 e BA.2.
  • 🧪 Os pesquisadores mapearam as regiões epitopares dos anticorpos no RBD do vírus.
  • 🧫 A estrutura do complexo fragmento de ligação ao antígeno (Fab) E7 com a proteína spike do SARS-CoV-2 foi determinada por criomicroscopia eletrônica.
  • 🧬 As análises indicaram que alguns anticorpos têm maior afinidade por mutantes RBD do SARS-CoV-2 do que outros.
Fonte: Redação Byte
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