Cientistas descobrem como células de gordura se comunicam com o cérebro
Cientistas desenvolveram um novo método de análise para identificar melhor os caminhos dos neurônios rumo ao tecido adiposo (ou seja, a gordura). Saiba mais
Em novo estudo, cientistas descrevem as descobertas de como as células de gordura se comunicam com o cérebro. Para chegar nisso, o grupo inventou um método de análise que tornou os tecidos dos camundongos transparentes e permitiu rastrear melhor os caminhos dos neurônios até o tecido adiposo.
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"Usando isso, descobrimos que uma porção substancial de neurônios não se conectava ao sistema nervoso simpático, mas sim aos gânglios da raiz dorsal, uma área do cérebro onde todos os neurônios sensoriais se originam", apontam os pesquisadores, em meio a uma entrevista ao portal News Medical.
Para melhor investigar o papel desses neurônios no tecido adiposo, os cientistas contaram com uma segunda nova técnica, que permite destruir seletivamente os neurônios sensoriais que vão para o tecido adiposo usando um vírus direcionado e depois observar o que aconteceu.
As descobertas sugerem que os neurônios sensoriais e os neurônios simpáticos podem ter duas funções opostas. Os neurônios simpáticos seriam necessários para ativar a queima de gordura e a produção de calor e os neurônios sensoriais necessários para desativar esses processos.
"Os neurônios sensoriais têm sido muito importantes para a dor e a percepção de ambientes externos. Agora, eles são cada vez mais reconhecidos por seu papel na regulação do equilíbrio do metabolismo. Nossa descoberta representa uma nova maneira de os neurônios sensoriais fazerem isso através dos tecidos adiposos", reiteram os pesquisadores.
Agora os cientistas pretendem conduzir novos estudos para responder duas perguntas: que sinal está sendo sentido pelos nervos na gordura e como o cérebro usa as informações provenientes da gordura? Para isso, novas ferramentas devem ser desenvolvidas.
Fonte: News Medical
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