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Cientistas descobrem como identificar TDAH no cérebro de crianças

Biomarcadores descobertos pelo estudo podem até servir de apoio para o diagnóstico por meio de inteligência artificial

23 nov 2022 - 17h16
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Cérebro apresenta marcadores que indicam a presença de TDAH
Cérebro apresenta marcadores que indicam a presença de TDAH
Foto: RSNA e Huang Lin / RSNA e Huang Lin

Uma pesquisa divulgada pela Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA, na sigla em inglês) identificou novos sinais no cérebro que indicam a presença de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). As características, também chamadas de “biomarcadores”, foram analisadas por meio de ressonâncias magnéticas em mais de 8.000 crianças.

Os pesquisadores buscaram entender como as relações entre volume cerebral, integridade de todas as partes do cérebro e conectividade funcional explicavam a presença ou não do transtorno em pacientes.

O TDAH é um distúrbio de neurodesenvolvimento relativamente comum. Na infância, é marcado por sintomas como desatenção, inquietude e impulsividade. Foram incluídas na análise 7.805 crianças de nove a dez anos de idade de vários lugares dos Estados Unidos, incluindo 1.798 diagnosticadas com TDAH.

Em crianças que apresentam o distúrbio, foi identificada uma conectividade anormal nas redes cerebrais que fazem parte do processo auditivo e de memória, além de um afinamento do córtex, camada mais superficial do cérebro. 

Também foram encontrados alterações na chamada “substância branca”, parte interna do órgão, principalmente na região do lobo frontal do cérebro. Huang Lin, pesquisadora na Yale School of Medicine em Connecticut, explicou em um comunicado que o lobo frontal é justamente a parte do cérebro "envolvida em governar a impulsividade e a atenção ou a falta dela – dois dos principais sintomas do TDAH”.

Ela afirma que foram encontradas mudanças em quase todas as regiões dos cérebros analisados, o que é inédito.

“A penetração em todo o cérebro foi surpreendente, pois muitos estudos anteriores identificaram mudanças em regiões seletivas”, diz.

Os dados coletados pelo estudo contribuem para o diagnóstico do distúrbio quando dados clínicos se tornam insuficientes para dizer ao certo se o paciente tem TDAH. Os biomarcadores podem até contribuir para os diagnósticos do transtorno por meio de inteligência artificial.

“Às vezes, quando há dúvida sobre um diagnóstico clínico, exames de ressonância magnética cerebrais objetivos podem ajudar a identificar claramente as crianças afetadas”, diz a cientista.

Fonte: Redação Byte
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